Cidade

Restaurante Itália “deslocalizado” para o Parque Verde

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 15-08-2020

O famoso restaurante Itália do Parque Manuel Braga vai passar a funcionar no vizinho Parque Verde do Mondego. 

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A deslocalização surge na sequência da requalifição do Parque Manuel Braga, obra que abrange a demolição do edifício onde funciona o Itália.

Recordamos que Manuel Machado tem lamentado a forma ilegal como este restaurante Itália se foi expandindo pelo território municipal do Parque Manuel Braga.

Numa das reuniões do executivo municipal disse mesmo que “vai ser ser feita a demolição daquela barracada que lá está, daquela construção em cima do rio, que foi licenciada pela Hidráulica in ilo tempore, antes do 25 de Abril, onde existia o café Jangada, do senhor Mário das Canjas, que foi por água abaixo em 1973. O que lá está é uma coisa espúria. Vai ser removido no âmbito da requalificação do Parque Manuel Braga”.

O Presidente da Câmara informou ainda que o Itália está notificado desde os tempos em que foi definido o corredor do Metro Mondego “para tirar de lá aquele edificado”.

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Notícias de Coimbra teve acesso a documentos da autarquia onde se pode constatar que a sociedade que detém o Itália vai ocupar dois espaços nas “Docas”.

A empresa Rive Droite, ligada ao Itália, vai pagar uma renda mensal de 2 mil euros pela ocupação dos quase 900 m2 das frações B e C.

O contrato tem a duração de 15 anos, mas o acordo de direito de exploração prevê a renovação automática até às duas décadas.

Os donos do Itália prometem um espaço “moderno, cómodo e acolhedor” para “restaurante com pizzaria, gelataria, pastelaria/cafetaria, snack bar e cervejaria” e o local pode ter espaços “reservados è dança”.

Os novos inquilinos do Parque Verde vão promover eventos mensais no inverno e quinzenais no verão.

São da responsabililidade do concessionário as despesas relacionadas com limpeza, água, electricidade e vigilância das instalações.

O “Procedimento de negociação para atribuição do direito de exploração de espaço para
estabelecimento de restauração, bebidas ou afins, no Parque Verde do Mondego, em Coimbra” será apreciado na reunião do executivo municipal de 17 de agosto, satisfazendo o desejo de Manuel Machado de ver “o italiano nas Docas”.  

A Câmara Municipal de Coimbra assinou no dia 30 de setembro de 2019 o auto de consignação com vista à conclusão da obra de requalificação e ampliação dos edifícios de restauração do Parque Verde do Mondego, popularmente conhecidos como “Docas”.

No local estão a ser construídos quatro novos módulos na cobertura do atual edifício, que passa a ser duplex, estando também prevista a instalação de esplanadas, transformando o espaço numa nova configuração, que passa a ter quatro estabelecimentos e uma gelataria.

Os quatro volumes vão ter escadas e sistema elevatório de ligação entre os pisos, com um novo acesso público ao piso térreo, onde cada uma das quatro concessões passará a dispor de instalações sanitárias. As cozinhas serão recolocadas no piso superior, mantendo uma simples copa de apoio, arrecadação e compartimento de lixos no piso térreo.

Com o Itália a ocupar metade do espaço, falta saber quem vai ficar com os outros módulos.

Em janeiro de 2018, o Presidente da Câmara Municipal de Coimba admitiu concessionar os quatro espaços em conjunto ou individualmente no sentido de suscitar uma maior concorrência entre os vários interessados, através de concurso público ou entrega direta.

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra  assinou no dia 30 de julho de 2020 o auto de consignação da empreitada de requalificação do Parque Manuel Braga e dos respetivos muros. A obra fica assim entregue à empresa ABB – Alexandre Barbosa Borges, S.A. e representa um investimento superior a 4,8 milhões de euros.

A intervenção prevista engloba, entre outras operações, a requalificação paisagística do parque com a substituição e plantação de espécies vegetais, a estabilização das estruturas de contenção da margem do rio, a demolição de algumas construções existentes e a construção de um novo quiosque e de instalações sanitárias, a recuperação e requalificação de pavimentos e mobiliário urbano (tais como bancos, papeleiras, sinalética), a renovação da rede de drenagem, nova iluminação pública e cénica para reforço da segurança, a reabilitação do coreto, o restauro da estatuária e a instalação de um sistema de som e luz não invasivo, em harmonia com o espaço envolvente.

 

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