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Residências Lusófonas abrem hoje em Coimbra com concerto de Mateus Aleluia
O programa de Residências Lusófonas, realizado em parceria por quatro instituições culturais de Coimbra, abre hoje com um concerto do cantor, compositor e percussionista brasileiro Mateus Aleluia, no Teatro da Cerca de São Bernardo, anunciaram os promotores.
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a Cena Lusófona – coorganizadora das Residências juntamente com a Rádio Pessoas, Blue House e A Escola da Noite – afirmou que a iniciativa levará a Coimbra “artistas de diferentes países de língua portuguesa ao longo do ano”.
O evento pretende “estimular os contactos dos músicos com o público em geral, bem como com as comunidades artística e escolar da cidade”, e a programação “contemplará a fusão de diferentes estilos, ritmos e influências de vários países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] assumindo como objetivo o reforço dos laços de conhecimento e intercâmbio entre os povos que falam português”.
Sobre o concerto de hoje, agendado para as 21:30, a Cena Lusófona disse que Mateus Aleluia “define-se como um artista multifacetado, um investigador e um livre-pensador”.
O músico brasileiro, que em 2023 comemora 80 anos, integrou, nas décadas de 1960 e 1970, a banda de música popular brasileira Os Tincoãs, “conhecida por expressar a herança cultural dos diferentes povos africanos que chegaram ao Brasil”.
Durante duas décadas, entre 1983 e 2002, viveu em Angola, “onde realizou um trabalho de pesquisa cultural, focada na ancestralidade da música pan-africana”.
Cantor, compositor, pesquisador, violonista e percussionista, Mateus Aleluia desenvolveu, ao longo da sua carreira, um reportório assente no conceito do “afro-barroco”, construído a partir “da observação da vida”.
“Tem criado uma cosmologia única, percorrendo temas da cultura afro-brasileira, do candomblé e da filosofia”, sustentou, no comunicado, a Cena Lusófona.
Na terça-feira, às 18:00, Mateus Aleluia participa numa conversa sobre o seu percurso, no Bar/Livraria do Teatro da Cerca de São Bernardo, com entrada gratuita.
Outra conversa, esta com a cantora Uxia, está agendada para quinta-feira, às 17:30, na Sala Brincante da Cena Lusófona, na véspera do concerto da artista galega no Teatro Académico de Gil Vicente.
A sessão, com aquela que é considerada “a grande dama da música galega”, está integrada na XII edição do Gender Workshop Series, organizada pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
De acordo com o comunicado da Cena Lusófona, nos mais de 30 anos que leva de carreira artística, Uxia “renovou a música tradicional galega e estabeleceu pontes com as culturas atlânticas (morna, fado, ritmos brasileiros, entre outros)”.
Com trabalhos editados com diversos artistas de países de língua portuguesa – João Afonso, Dulce Pontes, Rui Veloso ou Tito Paris, entre outros – a cantora da Galiza publicou 12 discos e “foi várias vezes premiada” em Espanha.
Entre outros projetos, Uxia é a diretora artística do Festival Internacional da Lusofonia “Cantos na Maré”.
A Cena Lusófona lembrou, na nota, que a colaboração com os Gender Workshop Series do CES “ocorre na sequência das conversas e oficinas com escritoras de diferentes países de língua portuguesa, acolhidas na Sala Brincante desde 2020”.
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