Coimbra

Requalificação da Estrada de Eiras termina este mês com a ciclovia “possível”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 semanas atrás em 02-09-2024

 A empreitada de requalificação da Estrada de Eiras, em Coimbra, está prevista terminar a 13 de setembro, tendo sido criada uma ciclovia, que o movimento Coimbr’a Pedal considera positiva, mas critica descontinuidades.

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A requalificação da Estrada de Eiras, que implicou um investimento de mais de 1,4 milhões de euros, deveria ter durado pouco mais de um ano (prazo de execução de 390 dias), mas acabou por se estender por mais de ano e meio, com a Câmara de Coimbra a perspetivar que a obra fique terminada no dia 13 de setembro, estando, neste momento, a ser ultimados alguns pormenores.

A intervenção naquela via, entre a rotunda da estação ferroviária de Coimbra-B e a rotunda do Parque Industrial de Eiras, incluiu a criação de uma ciclovia de dois sentidos, complementada por uma alameda de árvores, ocupando espaços que eram destinados ao parqueamento automóvel.

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No entanto, a ciclovia acaba por não ser completamente contínua, obrigando os ciclistas a partilhar a estrada com o carro, num troço daquela estrada, além de se deparar com outras pequenas interrupções.

“Haver uma ciclovia é positivo, mas esta é composta por nove parcelas, em vez de ser feita em continuidade”, afirmou à agência Lusa Paulo Andrade, do movimento Coimbr’a Pedal, referindo que em algumas das interrupções deveria estar sinalizada a continuidade ou o fim da ciclovia.

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Para Paulo Andrade, algumas das situações podem gerar dúvidas no ciclista sobre o uso daquela ciclovia, por não ser claro se a mesma prossegue ou termina.

O membro do movimento constata também que a ciclovia tem interrupções em locais de entradas e saídas de espaços residenciais, podendo dar a impressão a quem se dirige de carro para um prédio que tem “prioridade, mas não tem”.

No entanto, Paulo Andrade congratula-se com alguns sinais positivos nesta empreitada, nomeadamente a “redução do espaço para a circulação automóvel”, com vias mais curtas, o que implica a redução de velocidade para quem circula naquela estrada.

Paulo Andrade espera que, posteriormente, aquela ciclovia tenha ligação à Baixa da cidade.

Questionada pela agência Lusa, a vereadora com o pelouro da mobilidade, Ana Bastos, admitiu que a ciclovia “não agrada” ao município, mas é “a possível, face aos condicionamentos”.

“O canal da estrada de Eiras tem um grande potencial, com uma zona habitacional e uma ligação direta à cidade, mas tinha de ser um canal condicionado. Foi o que foi possível fazer, porque em alguns pontos não havia espaço para segregar a ciclovia dos outros sistemas de transporte”, afirmou.

Segundo a vereadora, será implementada uma zona com limite de velocidade de 30 quilómetros por hora no troço entre a rotunda que faz a ligação ao Bairro São Miguel e pouco depois da passagem por debaixo do viaduto do IC2, face à necessidade de partilha da via com os carros naquele trecho.

“Não é o ideal. O ideal seria termos uma continuidade de ciclovia”, referiu.

Segundo Ana Bastos, no futuro, aquela ciclovia estará ligada ao canal ciclável e pedonal na zona ribeirinha, com ligação via túnel, junto à estação ferroviária.

De acordo com fonte do município, serão feitas pinturas de sinalização posteriores aos trabalhos de pavimentação que estão agora a decorrer.

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