Coimbra
Repúblicas de Coimbra criticam falhas na resposta dos Serviços de Ação Social
O Conselho das Repúblicas (CR) criticou hoje as falhas na resposta dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), nomeadamente no fornecimento de alimentos, numa altura de inflação.
Num manifesto enviado à agência Lusa, subscrito por mais de 20 repúblicas de estudantes, o CR elenca vários dos problemas sentidos por aquelas casas: entrega de alimentos estragados ou quase no término da sua validade, falta de variedade de produtos essenciais, não entrega injustificada de bens requisitados junto dos SASUC, mudança de distribuição semanal de bens para quinzenal e um ‘plafond’ para aquisição de bens “insuficiente” em 2022.
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“Por isso, é urgente melhorar as condições que são oferecidas às repúblicas, e sobretudo entender que essa melhoria só será possível com o aumento dos serviços e financiamento concedidos aos SASUC, bem como a melhoria da alocação dos seus recursos”, defendeu o CR, que diz que, após várias tentativas de melhorar a situação, “não foi possível a obtenção de soluções mínimas e satisfatórias”.
As repúblicas defendem um aumento do ‘plafond’ atribuído que seja, pelo menos, “coincidente com o aumento da inflação dos bens alimentares”.
“Além das dificuldades em relação à alimentação e ao ‘plafond’ anual, a problemática da habitação foi agravada devido ao aumento fulminante do custo de vida. Não devemos esquecer o impacto que as nossas casas exercem para mitigar os efeitos da crescente especulação imobiliária, servindo como alternativa de alojamento aos estudantes mais carenciados, diante da insuficiência de vagas disponibilizadas pelas residências universitárias e perante a crise habitacional atual”, realçaram.
O CR salientou que, sendo as repúblicas reconhecidas como património de interesse municipal, é “profunda” a responsabilidade de várias entidades, nomeadamente da Universidade de Coimbra, na preservação destas casas de estudantes.
“Ao longo do último mês e meio, em nome do Conselho das Repúblicas, foram enviados vários e-mails com o intuito de obter esclarecimentos e facilitar a comunicação entre as duas entidades. Estes foram, no entanto, ignorados, interrompendo os contactos que haviam sido estabelecidos entre ambas as entidades, ao longo de novembro e dezembro”, notou.
No final do comunicado, o CR exigiu “movimentações céleres no sentido da resolução das dificuldades detalhadas neste documento, que estão inseridas num quadro de negligência e atenção pouco prioritária aos mecanismos de apoio estudantil”.
“Faremos tudo o que for necessário para que as nossas comunidades continuem a existir e a resistir”, vincou o CR.
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