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República Prá-Kys-Tão lança projeto de angariação de fundos para recuperar edifício
A República Prá-Kys-Tão, Rua Joaquim António de Aguiar, em Coimbra, anunciou hoje o lançamento de um projeto de ‘crowdfunding’ para angariar fundos para recuperar o seu edifício, também conhecido por Casa da Nau, construído no século XV ou XVI.
“Nunca foram feitas obras estruturais ao edifício”, explicou à agência Lusa Maria Dias, residente na República, salientando o facto de o imóvel ser um edifício de interesse público.
O projeto de ‘crowdfunding’ (disponível em http://ppl.com.pt/pt/prj/salvacao-casa-da-nau) pretende angariar mil euros em 90 dias, apesar de, segundo Maria Dias, ser necessário “cerca de 24 mil euros para fazer obras na fachada e no telhado do edifício”.
Ao aceder ao sítio do projeto, qualquer pessoa poder doar o mínimo de um euro, sendo que quem doar dez euros terá direito a um jantar na República, quem doar 20 euros terá direito ao alojamento por uma noite no edifício e, por 30 euros, terá direito ao jantar e ao alojamento.
Se a meta de mil euros não for atingida até ao dia 08 de janeiro de 2014, a plataforma de ‘crowdfunding’ assegura que devolverá os fundos angariados aos participantes.
Segundo a residente na República, os estudantes estão também a pensar em candidatar-se em 2014 – numa possível colaboração com alunos de mestrado de Arquitetura da universidade – ao Prémio Vasco Vilalva, da Fundação Calouste Gulbenkian, destinado à recuperação do património.
A casa construída em forma de uma nau tem “imensas infiltrações no inverno, o chão da sala treme e o edifício está ligeiramente inclinado”.
O projeto de ‘crowdfunding’ é também uma forma de sensibilização para a questão atual das Repúblicas de estudantes em Coimbra que, segundo Maria Dias, sofrem “um desinvestimento e uma degradação gradual”.
O único apoio que a Prá-Kys-Tão recebe vem de um “fundo de apoio da Queima das Feitas, que apenas é para eletrodomésticos e outras coisas muito pontuais”.
Além da escassez de apoios financeiros para recuperar a casa, com a nova lei de arrendamento, surge também “a expectativa” de o senhorio aumentar a renda, que neste momento se situa nos 36 euros.
“Isto é por culpa de um governo que serve os seus interesses e não os da população”, criticou Maria Dias.
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