Hóteis
Representantes do Alojamento Local lançaram campanha de recolha de fundos. Angariaram em três dias 50 mil euros
Representantes do Alojamento Local (AL) lançaram no sábado uma campanha de recolha de fundos para ajudar a associação do setor a combater as medidas do Governo, tendo sido angariados em três dias 50 mil euros.
Em declarações hoje à agência Lusa, Carla Reis, em representação de trabalhadores do alojamento local, adiantou que a campanha de ‘crowdfunding’ “Não deixamos matar o AL e a economia local” foi lançada no sábado e em três dias foram angariados 50 mil euros.
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“A ideia é conseguir 100 mil euros até ao final da semana para entregar à associação que representa o setor. É dar musculo à associação para poder ir à luta no combate às medidas do Governo. Temos de combater isto com todos os meios possíveis”, disse.
De acordo com a empresária Carla Reis, é preciso contratar juristas e fiscalistas que ajudem a estudar as propostas do Governo e a definir as medidas que poderão ser tomadas.
“Esta campanha serve para angariar recursos para podermos iniciar uma batalha contra as medidas do Governo, que prejudicam o setor. Temos feito imensas ações em defesa do AL, desde concentrações, manifestações e participámos na consulta pública. Tudo para demover o Governo de ir para a frente com as medidas”, realçou.
Proprietários e trabalhadores do Alojamento Local concentraram-se em 30 de março em Lisboa, no Porto e em Faro contra as medidas do Governo para o setor no programa Mais Habitação.
O Governo aprovou em 30 de março em Conselho de Ministros as restantes medidas do programa Mais Habitação, que estiveram em consulta pública.
Entre as medidas estavam o incentivo à mudança das casas de AL para arrendamento, com uma isenção IRS sobre as rendas até 31 de dezembro de 2030 para os que transitem.
A suspensão de novas licenças de alojamento local até 31 de dezembro de 2030, com exceção das zonas e baixa densidade, é outra das medidas.
O pacote de medidas proposto pelo Governo tem um custo estimado em 900 milhões de euros e propõe responder à crise da habitação com cinco eixos: aumentar a oferta de imóveis utilizados para fins de habitação, simplificar os processos de licenciamento, aumentar o número de casas no mercado de arrendamento, combater a especulação e proteger as famílias.
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