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Réplica em tamanho real do anexo secreto de Anne Frank inaugurada em Nova Iorque
Uma réplica à escala real do “Anexo”, o apartamento clandestino onde Anne Frank e a sua família se esconderam dos nazis em Amesterdão durante a Segunda Guerra Mundial, está em destaque numa exposição inaugurada segunda-feira em Nova Iorque.
Esta é a primeira vez que uma réplica deste tipo é apresentada ao público fora de Amesterdão. A exposição está a ser realizada no Centro de História Judaica em Manhattan e será gratuita para milhares de crianças em idade escolar.
Ao contrário do museu de Amesterdão, que fica no edifício onde Anne Frank e a sua família se esconderam da perseguição nazi e onde escreveu o seu diário entre 1942 e 1944, a réplica de Nova Iorque está mobilada como a casa estava na década de 1940.
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Os visitantes devem passar por uma biblioteca falsa semelhante àquela que serviu de entrada para o apartamento onde a família, desconfiada das intenções dos nazis, se escondeu depois de a irmã de Anne, Margot, ter recebido ordem para sair para ir para um campo de trabalhos forçados, em julho de 1942.
A exposição utiliza sobretudo recursos visuais e apenas alguns textos. Oferece guias áudio adaptados a faixas etárias e instalações interativas, como este mapa gigante da Europa e dos campos de extermínio nazis.
“É assim que podemos hoje, acreditamos, partilhar a memória do Holocausto com estas gerações mais jovens”, sublinhou Ronald Leopold, diretor executivo da Casa Anne-Frank.
A complexidade da vida quotidiana, quando é preciso esconder-se constantemente, é recordada por objetos comuns e fotos que pertenceram a Anne Frank, como o primeiro diário que recebeu no seu 13.º aniversário, a 12 de junho de 1942.
“O Diário de Anne Frank” está agora disponível em mais de 70 línguas. Em três quartos de século, as vendas ultrapassaram os 30 milhões de cópias, segundo a Casa Anne-Frank.
O filme retrata a sua vida como uma adolescente comum a viver em circunstâncias extraordinárias, até à sua detenção, juntamente com todos os outros que viviam no “Anexo”, em agosto de 1944, depois de viver 25 meses escondida.
Anne Frank morreu de tifo, tal como a sua irmã Margot, em fevereiro de 1945, no campo de concentração de Bergen-Belsen.
“Os jovens (podem) vir a esta exposição e ver o que significava viver escondido, o que significava ser perseguido”, frisou Hannah Elias, neta de Buddy Elias, primo de Anne Frank.
A inauguração da exposição na segunda-feira coincidiu com o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e o 80.º aniversário da libertação do campo nazi de Auschwitz.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto comemora a 27 de janeiro a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
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