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Renamo acusa Governo moçambicano de “incumprimento sistemático” de acordo de paz
O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) disse hoje haver um “incumprimento sistemático do acordo de paz pelo Governo” moçambicano.
Os guerrilheiros já desmobilizados na sequência do acordo de 2019 “continuam a aguardar pela fixação das pensões”, uma questão que tem sido recorrentemente levantada pelo partido, disse Ossufo Momade, líder do principal partido da oposição.
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O dirigente falava em Maputo na abertura do durante do quarto Conselho Nacional da Renamo.
“Mais uma vez exigimos do Governo, na pessoa do Presidente da República, o cumprimento do Acordo de Maputo, que assinou com o seu próprio punho”, disse Momade.
“Como sinal inequívoco do nosso compromisso, já desmobilizámos 4.001 dos 5.254 combatentes, o que corresponde a cerca de 80%” do previsto, acrescentou.
Segundo Momade, do total de desmobilizados, 46 foram enquadrados na Polícia da República de Moçambique (PRM) e foi submetida ao Governo outra lista de 100 oficiais a integrar as Forças de Defesa e Segurança do país.
O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) faz parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado a 06 de agosto de 2019 entre o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade.
O número de guerrilheiros desmobilizados apresentado hoje pela Renamo está abaixo do anunciado, em novembro, pelo enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas a Moçambique, Mirko Manzoni.
Segundo Manzoni, o processo de desarmamento já abrangeu cerca de 4.700 guerrilheiros, 90% do total de 5.221 previstos.
A quarta reunião do Conselho Nacional da Renamo decorre hoje, à beira de um ano novo, 2023, em que há eleições autárquicas marcadas para Moçambique.
Entre os assuntos a tratar no encontro, o presidente do partido anunciou que vai ser conhecido o novo secretário-geral
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