Universidade
Reitor diz que “Portugal devia ter fábrica de produção de vacinas, que é uma coisa que se faz em seis meses”
O Reitor da Universidade de Coimbra entende que Portugal já devia ter uma fábrica de produção de vacinas.
Amílcar Falcão disse ao Diário de Notícias que ficou “bastante surpreendido – devo confessar, até como farmacêutico de base e porque tenho, de facto experiência na área do medicamento -, não com a rapidez com que se desenvolveram as vacinas, porque isso eu já esperava pois sei como as coisas acontecem e percebo bem o que aconteceu”.
Prosseguiu afirmando: “A quem me perguntou em junho ou julho quando é que eu achava que haveria uma vacina, respondi que seria no final do ano ou no princípio deste. De facto, fiquei surpreendido, e desagradavelmente surpreendido, com a questão agora da limitação da produção da vacina. É uma situação que eu não consigo compreender”
Se tivesse alguma influência nessa matéria, o Reitor da Universidade de Coimbra “teria aconselhado que Portugal em março, abril, maio pensasse em reformatar, ou até fazer de raiz, uma fábrica de produção de vacinas, que é uma coisa que se faz em seis meses”.
“Portanto, era visível que nós deveríamos estar a fazer vacinas, mas, de facto, creio que um dia iremos conhecer a história – e não deve ser bonita – da forma como hoje estamos a atrasar a vacinação da população na Europa. Não é um problema do governo português em concreto, é um problema europeu e da União Europeia, mas a forma como isto está a decorrer é francamente lastimável”, conclui Amílcar Falcão.
Na entrevista, Amilcar Falcão frisa que governo está bem empenhado na reação à covid-19, mas que Europa falhou na vacinação.
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