Coimbra
Reitor da Universidade de Coimbra reabre Cantina (que deixou de ser) Amarela sem concluir requalificação
Apesar da obra não estar concluída, João Gabriel Silva aproveitou o seu último dia na reitoria da Universidade de Coimbra para reabrir a Cantina Amarela, que agora é cinzenta.
Recordamos que o ainda reitor tinha prometido que a Cantina Amarela reabriria no ano lectivo 2017-18. Falhou!
A culpa é de “uma maleita chamada da burocracia”, disse hoje o reitor na hora de culpar empresas privadas pelo atraso registado na abertura.
Foi inacreditável o que aconteceu para ligar a electricidade. Atrasou imenso tempo a abertura, o que coincidiu com o ultimo dia do meu mandato, justificou João Gabriel Silva.
Não reabriu em 2018, reabriu em 2019, mas, como o reitor admitiu, as obras ainda não estão concluídas, pois apenas estão abertos dois dos cinco espaços de venda.
A Universidade de Coimbra diz que “a Cantina Amarela assume uma configuração diferente da que lhe era conhecida, reabrindo ao serviço dos membros da comunidade universitária numa lógica de espaço alimentar multifuncional, com oferta variada”.
Oferecer várias opções de refeição num só espaço e transformá-lo num local polivalente onde os estudantes possam desenvolver outras atividades são (eram?) alguns dos objetivos da requalificação da Cantina Amarela, que tem televisão, “mas só para momentos especiais”.
Para já, apenas estão disponíveis dois espaços para venda de “baguetes e bolos”.
É necessário concluir a construção de 3 espaços de restauração. Falta, por exemplo, a”oferta vegetariana” prometida em 2017.
No dia em que apresentou o projecto, a UC disse que tinha os 684 884,00 Euros necessários para a cantina ficar como nova, mas, neste dia 28 de fevereiro, o reitor afirmou que a obra tinha custado um milhão e trezentos mil Euros, concluindo-se que a remodelação custou mais de 500 mil euros do que fora orçamentado.
É fácil concluir que o que se vê em 2019 é diferente do que foi apresentado em 2107.
A reciclada Cantina Amarela, agora em tons cinzentos, está aberta de segunda a sexta-feira, entre as 8:30 e as 21:00, mas na apresentação do projecto (em 2017) a Universidade de Coimbra tinha dito que o espaço ia estar aberto até de madrugada.
O acesso à cantina passa a ser feito exclusivamente pela rua Oliveira Matos, através de uma área exterior que acolherá uma esplanada com 44 lugares (ainda fechada) de prolongamento da sala de refeições com 192 lugares sentados.
O edifício da Cantina Amarela foi construído no início da década de 80, no logradouro do n.º 27 da Rua Oliveira Matos, edifício onde funcionavam os Serviços de Textos, à época, e onde atualmente funciona o Serviço de Alojamento dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC).
O edifício encontra-se na zona especial de proteção do conjunto arquitetónico constituído pelos edifícios da Associação Académica de Coimbra e Jardins, Teatro Académico de Gil Vicente e Cantinas da Universidade de Coimbra, classificado como imóvel de interesse público, pela Portaria n.º 78/2010 de 22 de Janeiro.
Em 2018, os jovens comunistas de Coimbra questionaram: “Cantinas Amarelas: quando, como e para quem?”.
Frisaram que nada garante que estarão sempre disponíveis para que sejam utilizadas pelos estudantes, e nada garante que terão prato social, que é a refeição mais barata e completa”.
A acrescentar a esta dúvida, estão declarações da arquitecta responsável pela transformação do espaço dizem que não faz parte dos planos a existência de refeição social nesta cantina, salienta a JCP.
Veja os vídeos do Directos NDC:
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