Universidade
Reitor da Universidade de Coimbra elogia Leonor Beleza como “exemplo ímpar” de dedicação a causas
O reitor da Universidade de Coimbra (UC) elogiou hoje o exemplo de causas da antiga ministra Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, que vai receber o Prémio Universidade de Coimbra no dia 01 de março.
“A nossa premiada deste ano é um exemplo ímpar de dedicação a causas tão estimadas pela UC como a saúde, a investigação científica e a transferência de conhecimento para a sociedade”, disse Amílcar Falcão.
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Em conferência de imprensa, na Sala do Senado, o reitor salientou que a hoje distinguida com o Prémio Universidade de Coimbra de 2023 é “igualmente um modelo de empenho em prol da inclusão e da igualdade, capaz de olhar para além da linha do Horizonte (tão apropriadamente o tema da Semana Cultural da UC este ano)”.
Amílcar Falcão, que preside ao júri do prémio, sublinhou que o “trabalho notável efetuado na Fundação Champalimaud e a preocupação com a inclusão e a igualdade de género também pesaram bastante na decisão” de atribuir, por unanimidade, a distinção à advogada e antiga ministra da Saúde.
“Leonor Beleza enquadra-se justamente na lista de ilustres figuras que venceram este galardão desde 2004″, afirmou o académico, referindo que a nomeação tem em consideração o “valor das pessoas”.
A distinguida deste ano com o Prémio Universidade de Coimbra é advogada, jurista e Conselheira de Estado e nasceu no Porto, em 23 de novembro de 1948.
É licenciada em Direito e durante a sua atividade profissional exerceu cargos públicos e privados de destaque, como secretária de Estado da Presidência do Conselho de Ministros (1982-1983), secretária de Estado da Segurança Social (1983-1985) e ministra da Saúde (1985-1990). Eleita deputada do Parlamento em diversas ocasiões, foi vice-presidente da Assembleia da República nos períodos 1991-1994 e 2002-2005. É Presidente da Fundação Champalimaud desde a sua criação, em 2004, por desígnio do seu fundador António de Sommer Champalimaud, recordou a UC.
Instituído em 2004, o Prémio UC, no valor de 25 mil euros (10 mil euros para o vencedor e 15 mil euros para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Santander para apoiar o desenvolvimento de trabalho numa área a definir pelo premiado), distingue anualmente uma personalidade de nacionalidade portuguesa “de inequívoco valor percebido na sua área profissional – das áreas da cultura, da economia e gestão e/ou ciência e inovação – que se distinguiu no ano transato de forma inequívoca no apoio incondicional ao desenvolvimento das pessoas, das famílias, das empresas e das comunidades, apoiando um crescimento inclusivo e sustentável de sociedade”.
Na sua última edição, em 2022, a Universidade de Coimbra distinguiu o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
Em 2021, o distinguido foi o cardeal, ensaísta, poeta e teólogo José Tolentino de Mendonça.
O prémio também já distinguiu a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, o crítico gastronómico José Quitério, o antigo reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa, o músico e compositor António Pinho Vargas, a cientista Maria de Sousa, o químico Adélio Mendes, o artista plástico Julião Sarmento, o musicólogo e historiador cultural Rui Vieira Nery e o cofundador da Critical Software Gonçalo Quadros.
A coreógrafa, professora e programadora cultural Madalena Victorino, o embaixador João de Deus Ramos, o investigador e empresário José Epifânio da França, o matemático luso-brasileiro e membro do Fórum Internacional de Investigadores Portugueses Marcelo Viana e o neurocientista Fernando Lopes da Silva foram outros dos contemplados.
Em 2005, a distinção foi atribuída ex aequo, a António Manuel Hespanha, historiador e jurista, e a Luís Miguel Cintra, fundador do Teatro da Cornucópia, ator e encenador.
Em 2010, também ex aequo, foi atribuído o prémio a Almeida Faria, ensaísta e escritor, e a Pedro Costa, cineasta.
O ex-comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, atual presidente da Câmara de Lisboa, foi distinguido em 2020.
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