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Reino Unido, EUA e Austrália estão a desenvolver mísseis hipersónicos em conjunto
Reino Unido, Estados Unidos e Austrália estão a desenvolver em conjunto mísseis hipersónicos, difíceis de detetar pelas defesas antiaéreas, no âmbito da aliança militar contra a crescente influência da China no Indo-Pacífico, foi hoje divulgado.
“Comprometemo-nos (…) hoje a iniciar uma nova cooperação trilateral em meios de guerra hipersónicos, antihipersónicos e eletrónicos”, afirmam num comunicado conjunto os líderes dos EUA, Joe Biden, do Reino Unido, Boris Johnson, e da Austrália, Scott Morrison.
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Estes mísseis hipersónicos, que podem atingir cinco vezes ou mais a velocidade do som, são mais rápidos e manobráveis que os mísseis padrão, tornando-os mais difíceis de intercetar.
O Pentágono revelou hoje que testou um míssil hipersónico no início de março, logo após a Rússia ter iniciado a invasão da Ucrânia.
Depois de ser lançado do avião que o transportou para o céu, o projétil foi impulsionado por um turbojato e acelerou a mais de cinco vezes a velocidade do som por “um longo período de tempo”, de acordo com o comunicado da agência norte-americana.
Em março, a Rússia alegou ter utilizado mísseis hipersónicos na Ucrânia, que a confirmar-se foi o primeiro uso conhecido em condições reais de combate deste sistema, testado pela primeira vez em 2018.
Reino Unido, EUA e Austrália também divulgaram hoje que acordaram “expandir a partilha de informações e aprofundar a cooperação em inovação de defesa”.
Os três países anunciaram em setembro de 2021 a parceria estratégica AUKUS para a região do Indo-Pacífico, visando combater a influência da China, embora sem citar explicitamente Pequim.
Esta aliança tem já planeada a entrega de submarinos movidos a energia nuclear para a Austrália e os três países adiantaram hoje que estão “satisfeitos” com o progresso feito nesta área de defesa militar.
No entanto, este pacto causou desagrado em Paris, levando à rescisão de um grande contrato de armamento entre França e a Austrália.
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