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Reino Unido acaba com autotestes rápidos gratuitos

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 31-03-2022

O Governo britânico acaba hoje com o fornecimento de autotestes rápidos gratuitos à covid-19 para a maioria da população, embora as infeções permaneçam em níveis recorde.

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Mais de 1.700 milhões de autotestes antigénio foram distribuídos em locais de trabalho, farmácias e pelo correio no ano passado, indicou o Governo, medida destinada a encorajar as pessoas a testarem regularmente para evitar novos surtos.

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Mas, a partir de sexta-feira, a maioria das pessoas em Inglaterra terá que comprar testes em farmácias ou fornecedores na Internet.

Os testes antigénio dão resultados em poucos minutos, mas são menos exatos do que os testes PCR, usados para confirmar oficialmente as infeções com covid-19.

Os testes permanecerão gratuitos para trabalhadores e utentes de ambientes de alto risco, como hospitais ou outros estabelecimentos de saúde e prisões, mas a maioria das outras pessoas em Inglaterra agora terá que pagar se quiser fazer um teste.

O programa vai continuar mais algumas semanas na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

A deputada do partido da oposição Liberais Democratas Daisy Cooper afirmou que a eliminação dos testes gratuitos representará outra despesa para pessoas que já enfrentam o aumento dos preços de alimentos e energia.

“É um imposto sobre todos aqueles que querem proceder bem e fazer um teste antes de visitar parentes idosos ou vulneráveis”, queixou-se.

Os críticos da medida também argumentam que esta decisão ocorre num momento perigoso, quando se estima que uma em cada 16 pessoas em Inglaterra estão infetadas com o vírus, de acordo com o Office for National Statistics (instituto de estatísticas britânico).

Na quarta-feira estavam hospitalizados 15.632 pacientes com covid-19 em Inglaterra, o número mais alto em mais de três meses.

Porém, o número de pacientes ligados a ventiladores permanece baixo, e as mortes estão muito abaixo dos picos das ondas anteriores em 2020 e 2021.

O Reino Unido registou mais de 165.000 mortes de covid-19, o número mais alto na Europa depois da Rússia.

O Governo levantou todas as restrições em Inglaterra, incluindo o uso obrigatório de máscaras, isolamento profilático para infecciosos e testes para viajantes internacionais, no início deste ano, mesmo quando a variante Ómicron, a variante mais transmissível até agora, começou a alastrar.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, tem invocado o sucesso da campanha de vacinação e a descoberta de novos tratamentos para manter o vírus sob controlo para avançar com o plano “Viver com a covid”.

Quase 92% das pessoas com 12 anos ou mais no Reino Unido tomaram duas doses de uma vacina e 67,5% receberam uma terceira dose de reforço.

Quartas doses estão a ser administradas a pessoas vulneráveis e com 75 anos ou mais.

A presidente executiva da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, Jenny Harries, admitiu hoje que a pandemia “permanecerá imprevisível em grande parte pelos próximos 18 meses a dois anos”.

“Teremos que estar continuamente atentos para vigiar as taxas e responder adequadamente a quaisquer novas variantes”, afirmou, acrescentando que as pessoas têm de se habituar a viver com o vírus “tal como acontece com outros vírus respiratórios, como a gripe.

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