Existe a possibilidade de Francisco Leitão, conhecido como Rei Ghob, poder começar a beneficiar de saídas precárias. Esta situação deixa os familiares das vítimas em pânico. Recorde-se que o homem foi condenado por assassinar três jovens e violar dezenas de outros. Já cumpriu 13 anos dos 25 a que foi condenado.
O Correio da Manhã conseguiu falar com a mãe de uma das vítimas. Recorda que viu o filho, pela última vez, em 1998: tinha 23 anos e vivia em casa de Francisco Leitão. O jovem desapareceu sem deixar rasto e até hoje a progenitora não conseguiu despedir-se do ente querido.
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Afirma que já não tem esperança. “Nem sequer pude fazer o luto. Nunca tive um corpo, um funeral. Nunca pude dizer adeus”, conta ao Correio da Manhã.
“Tenho medo. Tenho medo por mim e pelas minhas filhas e netos. Tenho medo que nos faça mal”, explica. “Deviam pôr-se no nosso lugar e tentar viver o que nós vivemos. Como é que estariam se o assassino do vosso filho fosse libertado? Como é que conseguiriam passar os dias sabendo que ele estava novamente próximo”, questiona. “Quero que os juízes pensem nisso. Que imaginem se fosse o filho deles”, acrescenta.
Este rapaz foi alegadamente a terceira vítima de Ghob. O seu desaparecimento só foi investigado após ter desaparecido a quarta vítima. Francisco Leitão foi condenado à pena máxima, mas só se provou que matou três pessoas. A primeira morte nunca foi esclarecida, escreve o jornal.
O Rei Ghob dizia que era bruxo, falava com espíritos e encarnava o diabo. Num dos vídeos mais conhecidos, anuncia o fim do Mundo para 21 de dezembro de 2012. Uma catástrofe que pretendia impedir através da libertação da sua energia. Ele seria o único preparado para travar a catástrofe.
Numa entrevista, em 2011, quando já estava detido, frisou que não matou ninguém. “Gostava de ver as provas e os supostos cadáveres dos três”, afiança.
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Vários rapazes e raparigas eram selecionados para frequentar a casa-castelo de Francisco Leitão, numa pequena aldeia na Lourinhã.
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