Coimbra
Região de Coimbra “solidária” com municípios que se revoltaram na Águas do Mondego
A comunidade intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra manifestou-se hoje “solidária” com os 12 municípios que abandonaram, na quarta-feira, a assembleia geral da Águas do Mondego, em protesto pela postura “ditatorial” do acionista maioritário, a Águas de Portugal (AdP).
Em comunicado, João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz e também da Região de Coimbra, afirmou que a comunidade intermunicipal “acompanha a atitude de desagrado” dos 12 municípios que abandonaram a reunião, argumentando que a Águas de Portugal “não está a ter a devida consideração com os municípios numa matéria extremamente sensível como é o tratamento e o abastecimento de água”.
Na quarta-feira, os representantes dos 12 municípios que integram a Águas do Mondego abandonaram a assembleia geral da empresa, após uma deliberação de suspender a reunião ter sido proposta e votada favoravelmente pela Águas de Portugal, que detém 51 por cento do capital da sociedade.
Na ocasião, Manuel Machado, presidente da Câmara de Coimbra, acusou a AdP de usar uma “postura centralista, não aberta ao diálogo” e agir de “forma ditatorial e imperativa”, inviabilizando, designadamente, a eleição dos novos corpos sociais (que já deveriam ter sido escolhidos “em março de 2013”) e o “debate de assuntos de relevante interesse para a sociedade”.
João Ataíde acrescenta que a CIM Região de Coimbra “tem pugnado pela participação ativa das autarquias nos órgãos sociais da Águas de Portugal” e afirma não compreender como é que a AdP “não cumpre o que está definido nos estatutos”.
O presidente da comunidade intermunicipal – com cerca de 425 mil habitantes e que agrega 19 concelhos – apela ainda ao ministro do Ambiente (que tutela a Águas de Portugal) para que leve em consideração as preocupações dos municípios “e resolva tão rápido quanto possível” a questão.
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