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Região Centro desafiada a assumir políticas públicas para sustentabilidade da cultura

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 14-07-2022

A Região Centro foi desafiada a elaborar a primeira declaração de princípios de políticas públicas para a Cultura, um compromisso regional para assegurar o seu futuro sustentável, revelou hoje a diretora regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes.

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“Esta declaração pretende assumir-se como um compromisso, de escala regional, sobre os princípios fundadores para o desenho e implementação de políticas públicas que assegurem um futuro sustentável para a Cultura, a Arte e o Património na Região Centro”, explicou.

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Em declarações à agência Lusa, Suzana Menezes sublinhou que falta elaborar esta visão conjunta da Região Centro relativamente à sustentabilidade da cultura.

“A cultura tem um papel social a cumprir no seu território, é um setor com potencial positivo num conjunto de outros setores, desde logo o turismo, mas por si a cultura não é um ativo turístico. Se a cultura é em si alguma coisa, vamos definir essa alguma coisa intrinsecamente e definir para essa alguma coisa uma visão de política pública, na qual toda a região se possa comprometer em termos de grandes princípios estratégicos”.

De acordo com a diretora regional, pretende-se que a Região Centro assuma “onde e como quer estar, relativamente às políticas públicas de cultura daqui a 10 anos”, e o que “há a fazer para assegurar a sustentabilidade absolutamente necessária para este setor”.

“Queremos colocar uma região, constituída por 77 municípios, com um universo extraordinário de agentes culturais profissionais e amadores, museus e monumentos, a falarem a uma só voz”, acrescentou.

A ‘Declaração de Montemor-o-Velho. Por Políticas Sustentáveis de Cultura’ vai resultar de “um processo participativo”, assente nos contributos de todo o tipo de agentes e sociedade civil, bem como das universidades, enquanto produtores primeiros de conhecimento.

“Espero que a Região Centro se una à volta deste desafio de reflexão, que importava absolutamente fazer, pois o olhar do decisor político não é o mesmo de um diretor de museu ou de um agente de um grupo profissional artístico. Interessa conciliar visões”, evidenciou.

Segundo Suzana Menezes, esta declaração vai fundamentar-se também nas conclusões do ciclo de conferências que a Direção Regional de Cultura do Centro tem vindo a organizar, desde 2019, sobre políticas públicas, bem como em alguns documentos estratégicos que têm vindo a desenhar.

“Abrimos agora a consulta pública e, até final do setembro, dependendo do grau de participação, faremos a recolha de todos os contributos. E a correr tudo bem, uma primeira versão estará pronta a ser lançada em outubro ou novembro. Depois dirão se se reveem nesse texto, de forma a poder arrancar em 2023”, avançou.

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