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Recomendações para que tenha um Natal mais equilibrado financeiramente
A Intrum, líder europeia em gestão de crédito e serviços financeiros, divulgou o European Consumer Payment Report 2024 (ECPR), revelando novos dados sobre os hábitos de consumo dos portugueses.
Numa época do ano em que as compras de Natal dominam o pensamento das famílias, o estudo realça qual o impacto emocional dos gastos entre os consumidores portugueses.
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Segundo o ECPR 2024, 50 por cento dos portugueses sentem-se culpados quando gastam mais dinheiro do que podem pagar em bens para si próprios. Este dado está ligeiramente acima da média europeia (45%) e evidencia uma preocupação generalizada com a saúde financeira e o controlo do orçamento familiar.
Quando se trata de gastos em prendas ou em bens para terceiros, o sentimento de culpa diminui, sendo reportado por 38 por cento dos portugueses, cinco pontos percentuais acima da média europeia (33 por cento).
Este comportamento sugere que muitos consumidores estão mais dispostos a priorizar os outros em situações especiais, como o Natal, mesmo que isso represente um desafio financeiro.
O estudo também identifica diferenças significativas entre grupos etários e géneros. Por exemplo, as mulheres portuguesas (53 por cento) revelam uma maior propensão para se sentirem culpadas por gastarem em compras pessoais, comparativamente aos homens (48 por cento).
Quando se trata de gastar para outras pessoas, 40 por cento das mulheres admitem sentir culpa, enquanto apenas 36 por cento dos homens partilham deste sentimento.
As gerações apresentam diferentes níveis de sentimento de culpa em relação aos gastos: a Geração Z destaca-se com 58 por cento dos inquiridos a sentir culpa ao gastarem neles próprios mais dinheiro do que podem pagar e 46 por cento ao gastar mais para outras pessoas, refletindo grande sensibilidade.
Os Millennials seguem com 53 por cento e 40 por cento, mostrando esforço em equilibrar responsabilidades financeiras e sociais. Já a Geração X regista 49 por cento e 36 por cento, adotando uma postura mais moderada.
Por seu turno, os Boomers apresentam os valores mais baixos, com 34 por cento e 26 por cento, sugerindo maior estabilidade financeira e conforto na gestão do orçamento.
De acordo com o Diretor-Geral da Intrum, Luís Salvaterra, “este estudo reflete o desafio de encontrar um equilíbrio entre o desejo de celebrar e a necessidade de preservar a saúde financeira”.
“Este Natal, incentivamos todos os consumidores a fazerem escolhas conscientes que promovam tanto o bem-estar emocional como o financeiro”, frisou.
Tradicionalmente, o Natal é um período associado a um aumento significativo nos gastos, desde prendas até às celebrações familiares.
No entanto, o sentimento de culpa reportado por uma percentagem significativa da população reflete um paradoxo: o desejo de oferecer e celebrar contrasta com a preocupação em manter a estabilidade financeira.
Para promover a responsabilidade financeira, a Intrum sugere as seguintes recomendações para um Natal mais equilibrado: faça um orçamento para a época festiva; saiba quanto tem para gastar e cumpra o plano; defina expectativas – Se este ano o dinheiro for escasso, porque não falar com amigos e familiares e decidir não comprar presentes ou fazer um “Amigo secreto” ou um presente simbólico?; foco nas relações pois não precisa de gastar dinheiro para passar tempo de qualidade com a família e amigos; priorizar as pessoas em detrimento de bens materiais e planear o pagamento pois se pedir dinheiro emprestado para financiar o Natal, certifique-se que tem um plano de reembolso sensato e viável.
Por último, e muito importante, não fuja do problema caso esteja com dificuldades financeiras. Dialogue com os seus credores ou procure aconselhamento independente para ajudá-lo a resolver o problema.
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