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Reclamações contra MEO, NOS, Vodafone e Nowo aumentaram 35%
As reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações aumentaram 35% para 57,8 mil, no primeiro semestre deste ano, face ao período homólogo, adiantou, em comunicado, a Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações).
Assim, o regulador contabilizou cerca de 15 mil reclamações adicionais em relação ao mesmo período de 2019, lê-se na mesma nota.
“As comunicações eletrónicas foram as mais reclamadas, com 69% do total de reclamações, mais 25% face ao primeiro semestre de 2019. Os serviços postais foram os que registaram o maior aumento face ao primeiro semestre de 2019, de 66%. Este setor foi responsável por 31% do total de reclamações registadas no período em análise”, indicou a Anacom.
Das 39,8 mil reclamações feitas devido a comunicações eletrónicas, 35% visaram a operadora Meo, “fazendo com que tivesse sido o operador mais reclamado no primeiro semestre de 2020, seguindo-se a NOS, com 32%, a Vodafone, com 29%, e a Nowo/ONI, com 3%”, adiantou o regulador.
A Anacom concluiu ainda que “todos os prestadores de serviços viram aumentar as reclamações face ao período homólogo, com exceção da Nowo/ONI, que diminuiu 1%”, tendo a Vodafone sido o que “registou o maior aumento (48%), seguida da NOS (19%) e da Meo (18%)”.
A NOS foi a operadora “que registou o maior número de reclamações por mil clientes (cinco), seguida da Vodafone (três) e da Meo (duas)”, lê-se na mesma nota.
O assunto que motivou mais reclamações pelos clientes de serviços de comunicações eletrónicas foi a faturação de serviços com 27% do total. A Anacom destacou “os motivos relacionados com a faturação de valores considerados indevidos por não concretização de condições acordadas, por serviços não prestados ou consumos não realizados e após o cancelamento de serviços”.
As questões que mais aumentaram o seu peso no semestre “estiveram relacionadas com a assistência técnica, as falhas nos serviços, em regra fixos, e a velocidade do acesso à Internet, sobretudo fixa”, adiantou o regulador.
Por sua vez, nos serviços postais, “que totalizaram 18 mil reclamações no semestre, os CTT foram o prestador mais reclamado, tendo atingido 12,8 mil reclamações, mais 39% do que no período homólogo; seguindo-se a DPD com 3,8 mil reclamações, mais 330%”, indicou a Anacom.
O atraso nas entregas de objetos postais é o assunto mais reclamado (41%) no setor, “mais 16 pontos percentuais face ao primeiro semestre de 2019”, adiantou a entidade, seguindo-se “as dificuldades com a entrega ao domicílio, em particular a falta de tentativa de entrega, com 27% das reclamações; e o atendimento, sobretudo no que respeita ao custo com as chamadas para as linhas telefónicas e as dificuldades no funcionamento destas linhas, com 25%, completam o top de assuntos mais reclamados”, de acordo com o regulador.
“Em sequência do trabalho de análise das reclamações que chegaram ao seu conhecimento a Anacom adotou durante o primeiro semestre um conjunto de medidas com vista ao reforço dos direitos dos utilizadores no contexto que se viveu após a declaração do estado de emergência nacional: apresentou propostas de alteração legislativa que visaram dar resposta às necessidades/dificuldades que os utilizadores evidenciavam; reforçou a divulgação de informação ao público, bem como a monitorização da atividade das empresas prestadoras de serviços”, lembrou a entidade.
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