Um grupo de trabalho vai definir os termos de referência para um futuro rastreio do cancro do pulmão, determinou a Direção-Geral da Saúde (DGS), que considera que os principais esforços devem ser dirigidos aos fumadores e ex-fumadores.
A criação deste grupo de trabalho consta de um despacho do sub-diretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, que justificou a medida com a possível necessidade de elaboração de uma norma que determine um futuro programa de rastreio do cancro do pulmão, o segundo mais frequente e o que mais mata em Portugal.
Segundo o despacho, os potenciais benefícios do diagnóstico precoce do cancro do pulmão, através do rastreio por tomografia computorizada de baixa dose, poderão ser cerca de 12,5 anos de vida adicional, mesmo na presença de comorbilidade.
“Na medida em que o tabagismo causa a maioria dos casos de cancro do pulmão em homens e mulheres, os esforços de rastreio devem ser direcionados para fumadores atuais e ex-fumadores”, refere ainda o despacho.
Na prática, o grupo de trabalho composto por sete especialistas, incluindo pneumologistas, oncologistas e radiologistas, entre outros, vai definir a população elegível e população a rastrear, o teste de rastreio primário e o processo de gestão clínica dos seus resultados.
Vai ainda definir o número mínimo de pessoas a rastrear para avaliar adequadamente um projeto piloto, assim como fazer uma proposta de indicadores específicos para o rastreio do cancro do pulmão.
Este grupo de trabalho deverá entregar um relatório no prazo de 30 dias.
No final de 2022, o então ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago, que deveriam arrancar no ano seguinte com projetos-piloto.
O rastreio é um processo de diagnóstico precoce em pessoas que não apresentam sintomas e, em Portugal, existe um programa de despiste para o cancro de mama, colorretal e colo do útero.
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