Coimbra
Rasto de destruição na Figueira da Foz
A cidade da Figueira da Foz, três horas após o pico do furacão Leslie, que atingiu com grande intensidade a região Centro, apresenta um rasto de destruição e grandes prejuízos, constatou a agência Lusa no local.
Fonte da autarquia disse à Lusa que 800 pessoas ficaram retidas no Centro de Artes e Espetáculos (CAE), após ter faltado a eletricidade durante um concerto de Carminho.
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Abandonaram o espaço após instruções da Proteção Civil. Na cidade, a eletricidade esteve intermitente entre as 22:30 e as 00:30, e, às 02:00, em muitas partes da Figueira da Foz ainda não tinha sido recuperada.
A Lusa constatou a existência de muitas árvores caídas e seis carros danificados na Rua Cândido do Reis, que foram atingidos por parte de um edifício devoluto.
Junto ao CAE, cinco carros foram também atingidos por árvores.
Há ainda várias casas danificadas e telhados que voaram.
Na marginal, um carro foi esmagado por uma árvore e por um poste, que caíram e é ainda possível observar dois carros abandonados na via pública.
Um restaurante, também na marginal, está completamente destruído.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou no sábado 13 distritos sob aviso vermelho, o mais grave, por previsão de vento forte, e alguns também por agitação marítima, em consequência da passagem pelo território continental do furacão Leslie.
Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Castelo Branco, Viseu, Guarda e Santarém são os distritos abrangidos pelo aviso.
O furacão Leslie está a atingir o território continental como depressão pós-tropical, mas com ventos com “intensidades equivalentes a uma tempestade tropical”, com rajadas acima dos 130 quilómetros/hora que podem chegar a máximos históricos de 180/190 quilómetros/hora, segundo o meteorologista do IPMA Nuno Moreira.
De acordo com a Proteção Civil, o período crítico deverá prolongar-se até às 04:00 de hoje.
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