Desporto
Rally de Portugal com recorde de inscritos
Cem equipas de 25 nacionalidade vão disputar a 55ª edição do Vodafone Rally de Portugal. Aos 12 carros Rally1 juntam-se as melhores máquinas das restantes categorias em prova.
Num ano em que se comemora as 50 edições do Campeonato do Mundo de Ralis, o Vodafone Rally de Portugal apresenta uma lista de inscritos de luxo.
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A quarta prova do Campeonato do Mundo de Ralis de 2022 é o evento que registou maior número de inscrições: 100. Um número que confirma o prestígio da jornada portuguesa do WRC, mas também a qualidade organizativa da prova do ACP.
Na luta pela vitória absoluta, onde os carros da categoria Rally 1 serão naturalmente protagonistas, perfilam-se vários candidatos, mas com dois pesos-pesados da disciplina a sobressaírem: Sébastien Loeb (navegado por Isabelle Galmiche, em Ford Puma Rally 1) e Sébastien Ogier (acompanhado por Benjamin Veillas, em Toyota GR Yaris Rally 1). O facto de ambos os pilotos terem escolhido a prova portuguesa no seu calendário de participações pontuais, diz muito do estatuto do Vodafone Rally de Portugal.
Em conjunto, os dois franceses registam sete triunfos na prova portuguesa (dois de Loeb e cinco de Ogier), currículo mais do que suficiente para que possam ser apontados como principais favoritos ao triunfo. Aliás, quem sabe se não reeditam a frenética luta pela vitória do último Rally de Monte Carlo, a prova inaugural do WRC deste ano.
Com a mira apontada para a vitória também partem as duplas da Toyota Gazoo Racing WRT, Kalle Rovanperä/Jonne Haltunnen – atuais líderes do Campeonato de Pilotos e Navegadores, após a vitória em dois dos três ralis já disputados (Suécia e Croácia) – e Elfyn Evans/Scott Martin, a dupla vencedora da edição do ano passado do Vodafone Rally de Portugal, mas que esta época ainda anseia por um bom resultado, algo que a dupla do quarto Toyota GR Yaris Rally 1, Takamoto Katsuta/Aaron Johnston, também pretende alcançar.
Expetativas elevadas tem também a equipa Hyundai Shell Mobis WRT, até pelo valor da sua tripla de pilotos que alinhará no Hyundai i20 N Rally 1: Thierry Neuville/Martjin Wydaeghe, Ott Tänak/Martin Järveoja (Campeões do Mundo em 2019) e a dupla Dani Sordo/Candido Carrera, que voltará a ser um dos pretextos para uma autêntica “invasão” espanhola de aficionados da modalidade.
Do lado da M-Sport Ford WRT, para além de Loeb/Galmiche, também Craig Breen/Paul Nagle poderão ter uma palavra a dizer na discussão das primeiras posições, algo que os colegas de equipa aos comandos dos Ford Puma Rally 1 oficiais – Adrien Formaux/Alexandre Coria, Gus Greensmith/Jonas Andersson e Pierre Louis Loubet/Vincent Landais – pelo menos no campo teórico, terão mais dificuldade em fazer.
Independentemente de quem seja o vencedor e de quem, adicionalmente, somar mais pontos na Power Stage, as emoções estão sempre garantidas. Não só porque se trata de uma prova sempre de grande imprevisibilidade no que aos resultados diz respeito, mas também porque a variação das condições atmosféricas, a ordem de partida do primeiro dia e as escolhas de pneus, prometem ser decisivas e baralhar facilmente os resultados, numa prova que regista, desde já, um novo recorde viaturas da categoria “Rally 1” à partida de uma prova do WRC, nada mais, nada menos, que 12!
Para além da categoria principal “WRC”, o Vodafone Rally de Portugal é também pontuável para diversas competições paralelas que darão um cunho ainda mais emotivo à prova. É o caso, por exemplo, do WRC2 (verdadeira antecâmara do WRC), onde pilotos das subcategorias “Open”, Junior” “Masters” procuram dar nas vistas, chamando a atenção das equipas oficiais do WRC.
Nesta categoria e naquele que é o pelotão mais compacto de competidores, destaque para a presença dos principais candidatos ao título – Andreas Mikkelsen/Torstein Eriksen (atuais líderes do WRC2 e vencedores das duas primeiras provas), em Skoda Fabia R5 Evo, e Yohan Rossel/Valentin Sarreaud, em Citroën C3 R5, vencedores da última prova na Croácia. Mas não faltam outros nomes de relevo, como Olivier Solberg/Elliott Edmondson, em Hyundai i20 N, Nikolay Gryazin/Kostantin Aleksandrov, em Skoda Fabia R5 Evo, ou mesmo Eric Camilli/Thibault Delahaye, em Citroën C3 R5, e Teemu Suninen/Mikko Markkula, em Hyundai i20 N Rally 2, pilotos que já tripularam WRCs oficiais e que aspiram ainda a poderem sentar-se num dos novos Rally 1 no futuro, caso consigam dar nas vistas no WRC2.
Já no WRC3, categoria reservada exclusivamente aos Ford Fiesta Rallye 3 de quatro rodas motrizes, dois dos vencedores das três primeiras provas marcam igualmente presença, assumindo-se também, por isso, como favoritos. As duplas Sami Pajari/Enni Malkonen e Lauri Jonna/Mikael Korhonen poderão muito bem ser os próximos “finlandeses voadores”, começando a preparar-se para o estrelato já em Portugal.
Sem argumentos competitivos para lutar pelas vitórias absolutas, o pelotão de pilotos portugueses concentrar-se-á em medir forças, entre si, naquela que é a quarta jornada do Campeonato de Portugal de Ralis. Para além da conquista da sempre prestigiante posição de “melhor português”, o desafio passa por ser o mais rápido no conjunto das nove provas especiais que totalizarão a primeira etapa, que marcará o desfecho das “hostilidades” da competição portuguesa.
Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia R5 Evo) partem como líderes do campeonato, mas vão contar não só com a forte oposição das duplas oficiais do Team Hyundai Portugal, Bruno Magalhães/Carlos Magalhães e Ricardo Teodósio/José Teixeira (ambos em Hyundai i20 N Rally 2), como também da rapidez da Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia R5 Evo), a formação que se tornou, no Rally Terras d’Aboboreira, a mais recente vencedora do CPR, bem como de José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 R5), certamente também com uma palavra a dizer na luta pelo triunfo.
Para acompanhar com todo o interesse serão também duas competições monomarca: a Peugeot Rally Cup Ibérica, disputada com os Peugeot 208 Rally 4, e a Toyota Gazoo Racing Iberian Cup, com os Toyota Yaris GR.
A jornada portuguesa do WRC tem lugar entre 19 e 22 de maio (quinta-feira a domingo), ao longo de oito secções e 21 provas especiais.
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