Desporto
Rali de Portugal: Gestão de meios parou ambulâncias e pode atrasar socorro à população
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar criticou hoje a gestão de meios do INEM para o Rali de Portugal, que diz ter parado várias ambulâncias no país por falta de operacionais e pode atrasar o socorro à população.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do sindicato, Rui Lázaro, recorda que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) mobilizou mais de 100 operacionais para os três dias do rali, que termina no domingo, deixando ambulâncias paradas por falta de meios, sublinhando que, a nível nacional, “são mais de 200 horas de ambulâncias paradas”.
“É uma questão de opções”, sublinhou o responsável, explicando: ”A ambulância mais próxima do especial do rali que se desenrola no Porto está fechada, por falta de operacionais, e o INEM tem no local um dispositivo só para o evento desportivo e só para o que possa acontecer no evento”.
“Para as pessoas daquela zona, que já têm o trânsito condicionado, como a única ambulância que está lá está parada, todas as emergências que houver naquela zona vão ter de ser socorridas por ambulâncias de mais longe, mais demoradas [a chegar]. É claro que o socorro vai estar atrasado ”, acrescentou.
Rui Lázaro refere que de cada vez que há um evento como este o INEM tem um dispositivo especial destacado, mas sublinha: “O que não pode acontecer é o INEM demonstrar capacidade para ter operacionais disponíveis para este evento subtraindo operacionais às ambulâncias normais de serviço, porque são os cidadãos que estão a ser prejudicados”.
Disse ainda que as denúncias que o sindicato recebeu indicam que o dispositivo foi montado com operacionais de todo o país e que, “tanto em Lisboa, como no Porto, ou em Viseu, estão hoje ambulâncias paradas por falta de operacionais”.
O Sindicato Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) considera que esta situação “é mais uma evidência da incapacidade de gestão deste conselho diretivo” e sublinha que vai fazer uma exposição ao Governo e aos partidos com assento parlamentar.
A Lusa questionou o INEM sobre a situação, mas até ao momento não recebeu resposta.
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