Coimbra

Rainha Santa Isabel venerada na Procissão de Penitência depois de quatro anos de espera (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 08-07-2022

Quatro anos depois, a imagem da Rainha Santa Isabel saiu do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova e voltou à Igreja de Santa Cruz, onde ficará até domingo. Apesar de ter menos participação do que a organização, a cargo da Confraria da Rainha Santa Isabel, esperava, a procissão de Penitência contou esta quinta-feira com milhares de devotos que veneraram a Rainha de Portugal, num final de tarde e início de noite carregados de fé e emoção. 

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“Cumpriu-se o que estava estabelecido, que é a tradição”, afirmou ao Notícias de Coimbra Joaquim Costa e Nora, presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel, já depois da meia-noite, hora a que a Rainha Santa chegou à Igreja de Santa Cruz onde foi recebida pelo coro.

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As celebrações começaram ao final da tarde quando, às 18:00, a imagem saiu do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova e no adro se celebrou a missa solene. A procissão organizou-se e, ainda não eram 20:30, já estava quase a chegar à Ponte de Santa Clara, onde fez um compasso de espera para que o sol se pusesse, tendo sido recebida na Ponte de Santa Clara pelas capas dos estudantes. 

O andor, bordado a rosas brancas e cor de rosa, enchia de lágrimas os olhos por que passava. Uma tonelada de fé que pesa quase nada aos ombros dos que se sentem privilegiados por poderem transportá-lo. 

“Já tínhamos saudades deste momento e desta noite de procissão, do encontro com aquela que trouxe consigo o nome de Isabel a mesma que reconhecemos como rainha, aquela que todos acolhemos como Santa”, disse o padre Carlos Noronha, pároco de Buarcos, que fez a pregação após a chegada da imagem à Portagem, o que aconteceu cerca das 21:30. Ainda antes, ouviu-se um fado oração em honra da padroeira da cidade. 

“Sentimo-la mais presente nesta hora solene de procissão, mais próxima de nós, na mística desta noite, mas é em momentos como estes que reconhecemos a maravilha do dom da fé”, afirmou Carlos Noronha. “Estivemos tanto tempo à espera”, repetiu, falando de uma imagem que transporta “a expressão maravilhosa da fé, a beleza transcendente da arte mas também a imensa densidade da História”. Na sua alocução, o pároco de Buarcos, evocou a Rainha Santa como um “ícone sagrado” que atende a todos “na hora mais dura, de maior sofrimento”.

“Santa Rainha, nossa Madrinha”, versos de Afonso Lopes Vieira, foram cantados pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra momentos antes do fogo de artifício, que simbolizou o bouquet de rosas, iluminar o Mondego e emoldurar a imagem da Rainha de Portugal. 

A procissão seguiu depois pela avenida Emídio Navarro, Estação Nova e retornou ao Largo da Portagem onde entrou na Rua Ferreira Borges rumo à Igreja de Santa Cruz.

Apesar de ter sido uma celebração muito desejada e mais célere do que o habitual, a organização não escapou às críticas, com muita gente a falar de uma “procissão partida”. Para Joaquim Costa e Nora, tendo em conta que “as procissões em louvor da Rainha Santa são consideradas das maiores do país” é algo “normal porque são muito compridas e muito concorridas”. O responsável destacou o momento da chegada à Portagem, que “correu muito bem”, sublinhando o fado-oração, a própria pregação e o cântico, manifestações que ligaram a arte e a música à religião, considerou.

A imagem da Rainha Santa vai permanecer até domingo na Igreja de Santa Cruz, mas, ao contrário do que estava inicialmente previsto, a missa presidida pelo Bispo de Coimbra, seguida da procissão solene de regresso, não será às 16:00, mas às 17:00, devido às elevadas temperaturas que são esperadas. A chegada à Igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova está prevista para as 21:30, com uma breve alocução por D. Virgílio Antunes e bênção com o Santo Lenho. 

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