Coimbra
“Queremos camas pra dormir”! Estudantes de Coimbra acampam na rua
Dezenas de estudantes acampam, esta noite, 25 de fevereiro, junto à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra exigindo uma maior oferta de habitação a preços acessíveis.
“É preciso investir, queremos cama pra dormir”; A luta continua, os estudantes estão na rua; Governo, agora vais ter de nos ouvir: Os problemas a surgir e as camas por cumprir”; foram algumas frases que se ouviram durante a manifestação estudantil no Parque de Campismo improvisado entre a Faculdade de Letras e a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, onde os estudantes vão permanecer esta noite.
PUBLICIDADE
A iniciativa promovida pela Associação Académica de Coimbra (AAC) visa “chamar a atenção para a falta de habitação de qualidade e a preços acessíveis para a comunidade estudantil da cidade, adiantou o presidente da AAC, lembrando que “neste momento há um favorecimento constante dos senhorios e do mercado de arrendamento privado em detrimento da oferta pública”.
E por isso “o que se pede ao Estado é intervenha de forma direta, aumentando a oferta pública de camas”.
João Caseiro refere que a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior “está muito desligada da realidade da comunidade estudantil”, reforçando que as “soluções apresentadas pelo Estado não são robustas o suficiente, são pensos para feridas que demoram a sarar”.
O representante da AAC reforça que “é difícil encontrar quartos abaixo dos 250 euros sem despesas e, quando se encontram, são quartos em casas com condições precárias ou sem contrato”, reforçando que “há casos de alunos que vivem em estúdios partilhados”.
Para João Caseiro “o alojamento é a maior problemática e corre-se o risco de, a curto prazo, caso os preços continuem a aumentar, não haver condições para albergar estudantes deslocados”, acrescentando que “Coimbra tem cerca de 70% de estudantes deslocados e “apesar de algumas medidas como o reforço do complemento para o alojamento, os preços continuam a aumentar”.
Gonçalo Lopes, estudante de Direito, lembra que o Governo não está a cumprir o Plano de Alojamento Nacional para o Ensino Superior.
Luísa Batista, aluna de mestrado em ensino, frisa que “muitos alunos pensam em desistir”, reforçando que “a habitação não existe e quando existe é a preços ridículos”.
Já Hugo Faustino, estudante de Arqueologia, refere que “o único culpado é o Governo, que insiste em não cumprir o Plano de Alojamento Nacional para o Ensino Superior”.
Veja a fotogaleria do acampamento:
Related Images:
PUBLICIDADE