Crimes

Quem matou a avó?: O orifício nº 3

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 18-06-2014

NDC em directo do Palácio da Justiça de Coimbra 

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9:50 – A primeira testemunha do dia é Agostinho Santos, médico na delegação do Norte do INML. Vem dar a sua opinião sobre a autópsia de Filomena Gonçalves. Considera que era importante uma ida ao local onde estava depositado o cadáver, porque permite uma melhor interpretação do resultado da autópsia.

O professor vem dar a sua opinião sobre o “orifício nº 3”. Pretende-se saber se é de saída ou entrada. Há discordâncias. Uns peritos acham que é uma coisa e outros entendem que é outra. Beatriz da Silva,  directora da Patologia Forense, ouvida na audiência de ontem, autora da autópsia e que viu a morta no local do crime, entende que é de saída de bala.

Agostinho Santos, que não se deslocou a Montes Claros, nem viu a assassinada,  considera que, do ponto de vista teórico,  é de entrada. A posição em que a vitima  foi encontrada parece ser essencial para se descobrir a verdade. Podem existir diferenças entre a interpretação micro e macro.E se antes alguém mexeu no corpo da avó?  “Nunca” saberemos…

O depoimento da testemunha ocupa toda a manhã. Questões e respostas técnicas à volta de partículas, resíduos, volatilidade, contaminação, exposição, manuseamento, interacção, choque térmico, tecidos, lesões, transmissões e sacos plásticos  e de papel, onde as peças terão andado de um lado para o outro…

Novidade. Já vimos o tão falado “blusão beje”. É mais para o castanho e para o comprido. Usado pela arguida, deve dar-lhe até aos joelhos. Tem capuz. É o tipo de peça para o inverno. Para dias de chuva.

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11: 58 – Pela segunda vez, Ana Saltão mostra como se manuseia a Glock. Desta vez foi para Agostinho Santos dar a sua opinião sobre a lesão na mão da arguida, a que terá sido provocada quando fritava a omolete de espargos. Não consegue descortinar a origem da queimadura.

12:05. Termina a fase de questões colocadas por Jorge Leitão, Procurador do Ministério Público. Seguimos para o assistente, o filho da assassinada, representado por Castanheira Neves, que é breve, ironizando que o que queria perguntar já foi questionado pelo MP. Sessão prossegue com a advogada da arguida, que consegue que Agostinho Santos admita que as peças de vestuário podem ter sido contaminadas entre a ocasião entre a apreensão e a análise laboratorial. O “senhor doutor é uma sumidade”, elogia quase de seguida a representante de Ana Saltão.

Em actualização.

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