O Sexo e a Cidade

QUEM É O CICLISTA QUE ANIMA AS RUAS DE COIMBRA

O SEXO E A CIDADE - Opinião | Satírico, Sarcástico e Humorístico | 1 dia atrás em 17-04-2025

Com toda a certeza que já se cruzou com ele nas ruas de Coimbra.

Chama-se “General Bermuda”, tem 30 anos (faz 31 em setembro) e nasceu em Huambo (Angola). Em 2018, e depois de ter ouvido falar bem de Portugal através da irmã, decidiram em conjunto vir morar para o nosso país.

PUBLICIDADE

publicidade

“Foi ela que disse: vem para cá que isto aqui é porreiro”, afirmou a NDC.

PUBLICIDADE

Amante de música e sem dinheiro para comprar um carro para vir trabalhar na Baixa da cidade, adquiriu uma bicicleta (pasteleira) de cor preta e decidiu usar o cesto para lá colocar uma coluna de som.

O que inicialmente serviu como companhia das suas viagens entre a zona de S. Martinho do Bispo e o centro de Coimbra, acabou por ser o seu cartão de visita ao longo de todo o percurso (ida e volta).

“Desde sempre que gostei de música, a qual alimenta a alma”, afirmou, recordando que tem uma carreira musical ainda pouco conhecida dos portugueses.

Quando vivia em Angola, chegou a fazer concertos com músicas escritas por si. Em Portugal, e apesar de já viver cá há sete anos, nunca teve oportunidade de mostrar os seus dotes vocais.

Neste momento, na sua página do Youtube, já tem publicadas 3 músicas com letras próprias. Pegando no ritmo Kuduro – “aquele que eu mais gosto” -, decidiu escrever temas “que retratam a minha vivência diária e das outras pessoas”.

“Eu vejo problemas de outras pessoas, vou analisando e fico a compor as letras”, disse ao NDC. O seu sonho é editar um disco, mas primeiro tem que resolver a questão do seu emprego.

Antes de ficar desempregado, esteve a trabalhar no “Mija Cão” na Baixa de Coimbra. Foi esse trabalho que lhe permitiu adquirir a sua segunda bicicleta. “Infelizmente, numa noite de sábado para domingo do ano 2023, roubaram-me a bicicleta”, afirmou.

Quando o nosso jornal o entrevistou na tarde de quinta-feira, “General Bermuda” estava a regressar de uma entrevista de emprego que, confessou, correu muito bem. “Espero uma coisa positiva”, frisou, pois “homem mexido não morre à fome”.

Veja a entrevista NDC com General Bermuda

Ouça uma das músicas de General Bermuda

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE