Portugal

Que seca!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 04-09-2019
 

Portugal continental manteve-se no final de agosto em situação de seca meteorológica, registando um ligeiro desagravamento em alguns locais das regiões do norte e centro, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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De acordo com índice meteorológico de seca (PDSI) disponível hoje no ‘site’ do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de agosto, 34,3% de Portugal continental estava em seca fraca, 29,6% em seca moderada, 22,9% em seca severa, 12% em seca extrema e 1,2% em situação normal.

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O IPMA indica que em relação a julho, verificou-se no final de agosto uma diminuição da percentagem de água no solo em quase todo o território.

O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.

A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.

Depois, à medida que o défice vai aumentando ao longo de dois, três meses, passa para uma seca agrícola, porque começa a haver deficiências ao nível da água no solo.

Se a situação se mantiver, evolui para seca hidrológica, quando começa a haver falta de água nas barragens. Existe também a seca socioeconómica, que é considerada quando já tem impacto na população.

Além do índice de seca, o resumo do Boletim Climatológico do IPMA, indica que na primeira quinzena do mês de agosto em Portugal continental os valores da temperatura do ar foram, em regra, inferiores ao valor médio.

Os valores da temperatura mínima, no período de 11 a 14, e da máxima, de 07 a 11, estiveram muito abaixo do normal, acrescenta o documento.

Na segunda quinzena de agosto, registaram-se valores superiores ao valor médio, ainda que com acentuadas variações diárias, segundo o IPMA.

Nos períodos de 15 a 17, 20 a 24 e 29 a 31 foram registados valores de temperatura do ar, em especial da máxima, acima do normal, nos restantes dias estiveram abaixo do normal.

“A descida de temperatura verificada nos dias 18/19 e 25/26 contribuiu para que no mês de agosto de 2019, não se tenham verificado períodos prolongados (superiores a cinco dias) de tempo excecionalmente quente, como se registou nos três anos anteriores”, destaca o IPMA.

O instituto salienta que o nível de precipitação, no total do país, foi superior ao normal, mas verificou-se uma forte variabilidade espacial na distribuição.

“Em alguns locais das regiões do noroeste e litoral norte, no dia 08, e interior das regiões do centro e sul, nos dias 25 e 26, verificaram-se valores diários de precipitação superiores a 20 milímetros”, é referido.

Por outro lado, segundo o IPMA, em grande parte do Alentejo litoral e no Algarve não foi registada precipitação.

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