Atualmente, entre 1,1 e 2,3 milhões de portugueses encontram-se em situação de pobreza energética moderada, enquanto entre 660 mil e 680 mil vivem em pobreza energética extrema.
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Estes números foram avançados pela Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética 2021-2050, refletindo um cenário preocupante que continua a afectar uma parte significativa da população.
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Os fatores que contribuem para esta realidade são diversos, mas os baixos rendimentos, os custos elevados de energia e a fraca literacia energética são apontados como os principais responsáveis. Estes desafios não são exclusivos de Portugal, com mais de 34 milhões de pessoas em toda a União Europeia a viverem em diferentes níveis de pobreza energética.
Segundo as últimas estatísticas da Comissão Europeia, Portugal é um dos países mais afetados por esta problemática. Em 2023, o país registou a percentagem mais elevada de pobreza energética na União Europeia, com 20,8% da população a enfrentar dificuldades para aceder a energia essencial, igualando-se a Espanha neste indicador.
A Comissão Europeia, em recente comunicado, apelou à implementação de medidas mais eficazes de proteção para os consumidores vulneráveis, considerando que o aumento da pobreza energética é um problema que exige uma resposta urgente.
A situação é particularmente alarmante em um contexto de aumento dos preços da energia, o que torna a acessibilidade e a qualidade de vida ainda mais desafiadoras para muitos cidadãos.
O Governo português tem vindo a intensificar esforços para mitigar os efeitos desta crise, incluindo a criação de políticas de apoio a famílias de baixos rendimentos e a promoção de iniciativas para melhorar a eficiência energética.
Contudo, especialistas alertam que são necessárias medidas mais profundas e estruturais para enfrentar este problema de forma duradoura.
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