O JN teve acesso ao documento que informa que “é proibida a presença de qualquer polícia na ‘Tomada de Posse do Comando Nacional de Bombeiros'”, devendo esta informação “ser difundida por todo o efetivo policial”. A ordem foi dada pelo diretor nacional adjunto da PSP, o superintendente-chefe Constantino José Mendes de Azevedo Ramos.
O novo comando é uma das principais reivindicações da Liga dos Bombeiros Portugueses desde há vários anos. No último ano, esta estrutura tentou obter o apoio do Ministério da Administração Interna e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, mas sem sucesso.
Como tal, a Liga dos Bombeiros promoveu a criação do Comando Nacional, de caráter voluntário, e os órgãos foram eleitos. José Beleza, dos bombeiros de Barcelinhos, é o diretor. Como adjuntos, o comandante de Ourém, Guilherme Isidro, para a área de planeamento e operações, e o comandante de Vale de Cambra, Vítor Machado, para a área de logística e administração.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Santos confirmou ao jornal que a comunicação a proibir a presença de polícias na tomada de posse “existiu mesmo”, mas desconhece as razões que levaram à proibição.
Por sua vez, o organismo recusou comentar o assunto pois “não se imiscui nos assuntos da PSP”, contou ao JN fonte oficial.
O Ministério da Administração Interna foi contactado pelo JN e recusou comentar o assunto e a Direção Nacional da PSP que também não respondeu até ao momento.