Coimbra
PSP preocupada “por não ter sido possível preencher” vagas para curso de novos agentes
A direção nacional da PSP manifestou hoje preocupação “por não ter sido possível preencher todas as vagas disponíveis” para o concurso de ingresso na Polícia, considerando que falta de candidatos para agentes pode indicar “falta de atratividade da função policial”.
“Obviamente que a PSP vê com preocupação o facto de, na sequência do processo de recrutamento e seleção para o 16.º CFA [Curso de Formação de Agentes], não ter sido possível preencher todas as vagas disponíveis, o que, devido a vários motivos, indicia alguma falta de atratividade da função policial que urge recuperar e que a PSP tudo fará para conseguir”, refere a direção nacional daquele polícia, em comunicado.
O comunicado da Polícia de Segurança Pública surge após ter sido conhecida a listagem de candidatos aprovados ao curso de formação de agentes, que contabilizou apenas 793 candidatos aprovados para mil vagas disponíveis, e os critérios de seleção dos novos polícias.
A PSP explica que se encontra “em fase final o processo de recrutamento e seleção para o 16.º Curso de Formação de Agentes, que decorrerá na Escola Prática de Polícia, estabelecimento de ensino da PSP que tem feito um esforço notável de adaptação ao contexto pandémico que nos afeta”.
Segundo a PSP, este curso enquadra-se no plano plurianual, para 2020/2023, de admissões às forças e serviços de segurança, previsto no Orçamento de Estado deste ano, e atualmente aguarda-se a emissão do despacho conjunto dos ministros da Administração Interna, das Finanças e da Modernização do Estado e da Administração Pública para que se possa iniciar.
Esta força de segurança explica que a pandemia de covid-19 obrigou, durante vários meses, ao confinamento de pessoas e ao encerramento de diversas infraestruturas desportivas, “o que dificultou e limitou a preparação física dos candidatos”.
A PSP frisou que o júri do concurso “deliberou propor a introdução de um fator de majoração na avaliação das provas físicas prestadas por todos os candidatos, antes do início das mesmas, o que foi autorizado pelo diretor nacional da PSP, na prossecução do manifesto interesse público”, precisou.
A PSP garantiu ainda que os critérios de seleção e as provas prestadas pelos candidatos “não sofreram qualquer alteração ou beneficiação”, nomeadamente na prova cultural, e que os candidatos ao 16.º CFA foram “selecionados com todo o rigor e mérito”.
Segundo os sindicatos da PSP, pela primeira vez num concurso da PSP as vagas previstas não foram preenchidas.
A falta de elementos na PSP e um efetivo envelhecido tem sido um dos principais problemas neste força de segurança.
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