Coimbra

PSP não permite que o Papa “veja” os protestos das forças de segurança

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 31-07-2023

A PSP vai delimitar uma área fora dos recintos em que decorre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, para que os elementos das forças de segurança que convocaram protestos para esta semana possam manifestar-se, foi hoje anunciado.

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“A PSP irá salvaguardar a realização de qualquer tipo de iniciativa, do direito de manifestação (…). Para o efeito, em todos os locais (…) irá delimitar uma área que permita a cada entidade, seja ela qual for, promover a sua iniciativa de âmbito sindical”, disse o comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Paulo Pereira.

O responsável, que falava durante o ‘briefing’ diário de segurança do evento, no Centro de Imprensa localizado junto ao Parque Eduardo VII, frisou que esse direito poderá ser exercido desde que se “respeitem as condições e os requisitos que estão na lei”.

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Sublinhando que a PSP tem como dever proteger e permitir a realização deste tipo de iniciativas, Paulo Pereira lembrou que deve haver “algum distanciamento” dos órgãos de soberania, que os protestos não devem ser dentro dos recintos da JMJ e que não podem ser “contrários à lei e à ordem”.

A Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), que congrega elementos da PSP, GNR, guardas prisionais, Polícia Marítima e Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), tem marcado para quarta-feira de manhã uma concentração junto à Presidência da República, quando Marcelo Rebelo de Sousa estiver a receber o Papa Francisco.

Outros sindicatos da Polícia de Segurança Pública que não fazem parte da CCP, como o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) e o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), tem também marcado para quarta-feira junto ao Palácio de Belém concentrações.

O Sinapol realiza ainda, durante a semana da JMJ, outras ações de protesto, nomeadamente no aeroporto de Lisboa, Praça do Comércio, Parque Eduardo VII e Nunciatura Apostólica. 

A principal reivindicação dos polícias é “a valorização profissional e salarial”.

A JMJ decorre de terça-feira a domingo em Lisboa, com as principais cerimónias a decorrerem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.

O Papa, o primeiro a inscrever-se na JMJ, chega a Lisboa na quarta-feira, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no sábado para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

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