A presidente do município de Cantanhede, Helena Teodósio, é recandidata a um terceiro mandato pelo PSD, força política que domina aquela Câmara do distrito de Coimbra, apenas tendo perdido uma eleição autárquica para o PS em 1993.
Em funções autárquicas na Câmara desde 2002 – quando foi vereadora no segundo mandato de Jorge Catarino – Helena Teodósio, de 67 anos, cumpriu depois três mandatos como vice-presidente de João Moura, tendo sido eleita presidente, pela primeira vez, em 2017 e reconduzida no cargo em 2021, mantendo uma hegemonia social-democrata que dura há já 28 anos.
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“Tem de se gostar [deste trabalho], isso é fundamental. Gosto muito de aplicar uma frase [às suas funções] que é ‘onde não puderes amar, não te demores’. E, contrariamente a outras áreas da política, a parte autárquica é algo que me diz muito e de que eu gosto”, disse à agência Lusa Helena Teodósio.
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Frisou que o trabalho autárquico será sempre um trabalho de equipa: “Por um lado, a equipa mais política, a equipa do executivo, e temos uma excelente relação, é logo meio caminho andado para as coisas resultarem. Eu não seria capaz de trabalhar num sítio onde houvesse crispações, deslealdades, onde não houvesse amizade, que é o que nós temos”, alegou.
Depois, segundo a presidente de Câmara, há a equipa mais alargada, que reúne os funcionários municipais e os eleitos e colaboradores das juntas de freguesia.
“Acho que temos uma excelente equipa, motivada, empenhada, sem aquele ‘karma’ que muita gente põe em cima dos funcionários públicos, com o qual eu discordo em absoluto. Dá gosto trabalhar assim e saber para que lado caminhamos, falamos, conversamos todos, também com a oposição, ouvimos e definimos um plano estratégico para onde queremos levar o concelho”, argumentou Helena Teodósio.
Já sobre as intervenções que quer lançar ou completar no próximo mandato, a autarca elencou um conjunto de iniciativas, desde logo a consolidação das competências recebidas da administração central, por exemplo nas áreas da saúde ou da educação, com requalificações de unidades de saúde e escolas de vários níveis de ensino.
A construção e requalificação de edificado para habitações de caráter social e de arrendamento acessível é outro dos projetos em curso, que transitarão para um eventual futuro mandato, financiadas por verbas europeias do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Não consigo imaginar que nós, municípios, ou nós país, possamos ter de devolver verbas a Bruxelas. Esse tem sido um dos aspetos fundamentais no trabalho, que é para manter e as pessoas estão empenhadíssimas”, revelou.
A rede viária municipal é outra das áreas que preocupa Helena Teodósio, e que tem tido obras desde o início do atual mandato, com cerca de 10 milhões de euros de investimento, um valor idêntico aplicado aos equipamentos desportivos municipais.
A construção de um auditório municipal com cerca de 500 lugares, que possa ser utilizado pelas diversas agremiações de Cantanhede e receber espetáculos e eventos até agora vedados por falta de um local com essas características na sede do município, é outro dos projetos em curso, cujo concurso deverá ser lançado ainda em 2025.
Nas últimas eleições autárquicas, o PSD obteve 55,31% dos votos, alcançando cinco mandatos na Câmara Municipal, contra dois mandatos do PS (27,86%).
As eleições autárquicas de 2025 devem realizar-se em setembro ou outubro.
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