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PSD quer “ajudar” a reforçar confiança na vacinação de crianças
O PSD disse hoje querer “ajudar” a reforçar a confiança na vacinação de crianças com o pedido de divulgação de pareceres técnicos na base da decisão política, defendendo que a transparência nunca pode prejudicar este processo.
No final de reuniões com a Ordem dos Médicos e dos Farmacêuticos para preparar a audição hoje à tarde na Comissão Permanente da ministra da Saúde, o vice-presidente da bancada Ricardo Baptista Leite foi questionado sobre o requerimento dos sociais-democratas, divulgado na quarta-feira à noite, e que pede todos os pareceres e recomendações na base da decisão de avançar com a vacinação de crianças, que não foram tornados públicos.
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“O PSD está aqui a procurar ajudar a autoridade de saúde, para garantir que os pais tenham todas as informações no momento de tomada de decisão”, afirmou Baptista Leite, dizendo que chegaram ao grupo parlamentar mais pedidos de esclarecimento do que em qualquer outra fase do processo de vacinação.
Apesar de considerar, como médico, que “do ponto de vista científico é inquestionável” a utilidade da vacina em crianças abaixo de 12 anos, como deputado, Baptista Leite defendeu que “o parlamento, o Governo, a autoridade de saúde” têm obrigação de responder às dúvidas dos pais e ajudá-los a tomar uma decisão “o mais informada possível”, salientando que a vacinação não será obrigatória.
“O que está em causa é reforçar a confiança, é precisamente para que os pais possam ir vacinar as crianças sem qualquer hesitação que apelamos a que o parecer técnico da comissão de vacinação, que merece total confiança, possa ser tornado público”, defendeu.
Questionado se os pedidos de vários partidos, incluindo do PSD, para a divulgação destes pareceres não pode aumentar a desconfiança na sociedade sobre o tema, o deputado recusou de forma categórica.
“Nunca vi como a transparência pode prejudicar um processo, o que gera é o Governo recomendar algo com base nesse parecer e não revelar o parecer”, afirmou.
Apesar de ser a pedido do PSD que a ministra da Saúde, Marta Temido, vai estar hoje no parlamento na reunião da Comissão Permanente, esta questão não deverá ser o foco do debate por parte dos sociais-democratas, que querem centrar-se nas condições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, em particular, dos seus profissionais.
“Os profissionais são o centro do SNS”, justificou o líder parlamentar Adão Silva, que disse ter ouvido nas reuniões de hoje de manhã com as Ordens que “este Governo e este Ministério da Saúde não gostam dos profissionais de saúde.
O presidente da bancada social-democrata apontou ainda como outros problemas ouvidos a “desorganização, falta de modernização do SNS”, a par da emigração de muitos profissionais de saúde “altamente qualificados”.
“Mantemos o SNS como essencial na saúde em Portugal, mas não pode haver uma lógica estanque, absoluta e de ideologia exagerada”, afirmou, defendendo uma “relação bem articulada” com os setores social e privado.
Na terça-feira, a DGS recomendou a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, com prioridade para as que têm doenças consideradas de risco para covid-19 grave.
Em comunicado, a DGS apontou que esta recomendação surge na sequência da posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19 (CTVC), que considerou, com base nos dados disponíveis, que a avaliação risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública, é favorável à vacinação das crianças desta faixa etária.
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