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PSD quer abertura de inquérito a alegada refeição contaminada em escola
O PSD vai pedir à Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) a abertura de um inquérito a “uma suposta presença de larvas” numa refeição de peixe servida num refeitório escolar, foi hoje anunciado.
Em causa está com um caso divulgado na terça-feira nas redes sociais a denunciar a suposta presença de larvas numa porção de peixe frito, servida na segunda-feira na cantina da Escola Básica e Secundária da Bemposta, em Portimão.
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Em comunicado, Ana Fazenda e Rui André, vereadores sociais-democratas naquela autarquia do distrito de Faro, sustentam que a situação “pode configurar um problema de saúde pública e de alarme social” para qualquer progenitor.
Os membros do PSD interpelaram o executivo na reunião de Câmara na quarta-feira, considerando “a dimensão de potencial problema de saúde pública”, uma vez que a delegada de Saúde esteve presente no local, embora não tenha conseguido ter acesso ao peixe alegadamente contaminado.
A diretora do Agrupamento de Escolas da Bemposta, Sandra Tenil, disse à Lusa que “a equipa de Saúde não teve acesso ao prato referido com a alegada contaminação, porque a aluna não reportou nem apresentou o prato”.
A responsável escolar frisou que a equipa de saúde teve acesso a uma amostra testemunho do prato confecionado e a uma caixa que sobrou com o peixe ultracongelado.
“Em articulação com a equipa de Saúde que esteve comigo, tiveram acesso a tudo aquilo que nos pediram, inclusivamente à amostra testemunho que tiramos diariamente e que é obrigatório por lei e que foi levada para análise”, assegurou.
De acordo com Sandra Tenil, assim que a direção da escola teve conhecimento do caso, através de imagens que circulavam nas redes sociais na terça-feira, “decidiu dar início ao protocolo estabelecido na lei”.
O protocolo decorre em articulação com a empresa de Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP, sigla em inglês para Hazard Analysis and Critical Control Point) que acompanha os procedimentos de higiene, conservação, manipulação e confeção de alimentos de cantinas e bares do agrupamento e com parceiros, nomeadamente com a equipa de saúde escolar.
Sandra Tenil disse ainda que, com base na monitorização efetivada, “não se constatou perigo para a saúde dos alunos, professores e funcionários”.
Questionada pela Lusa, a Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Bemposta referiu numa nota escrita que o assunto foi abordado “com caráter de urgência”, tendo sido contactados os encarregados de educação com conhecimento direto dos factos e as entidades competentes.
“Relativamente aos pedidos de esclarecimento apresentados, a direção do Agrupamento Escolar, até à data, infelizmente, ainda não deu resposta às nossas tentativas de contacto e de esclarecimento para além do que está no ‘site’ do agrupamento”, lamenta.
A associação “está e irá acompanhar os acontecimentos até que haja a confirmação da ausência de impactos na saúde dos alunos, assim como a introdução de melhorias na gestão do processo de segurança alimentar das refeições fornecidas”, concluem.
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