Tribunais

PSD candidata Maria João Vaz Tomé a juíza do Tribunal Constitucional

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 04-10-2024

Imagem: DR

O PSD vai indicar Maria João Vaz Tomé, conselheira do Supremo Tribunal de Justiça desde 2018, para juíza do Tribunal Constitucional, substituindo José Teles Pereira, que terminou o seu mandato de nove anos.

A escolha de Maria João Vaz Tomé para candidata a juíza do Tribunal Constitucional foi hoje avançada pelo semanário Expresso e confirmada à agência Lusa por fonte da bancada social-democrata.

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Maria João Vaz Tomé, de 58 anos, tem licenciatura pela Universidade Católica do Porto, é mestre em ciências Jurídico-civilísticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sendo doutorada pela Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos. Entre 1995 e 2004, integrou o Departamento de Serviço Jurídicos do Banco de Portugal, tendo coordenado o núcleo de direito do mercado de capitais.

A eleição do novo juiz do Tribunal Constitucional está marcada para o próximo dia 18, requerendo uma maioria de dois terços entre os 230 deputados, o que implica na prática um acordo entre os dois maiores grupos parlamentares, o PSD e o PS.

Inicialmente, a Assembleia da República marcou a substituição de dois juízes do Tribunal Constitucional para 25 de setembro, incluindo também o fim de funções do vice-presidente deste tribunal, Almeida Ribeiro, além da situação de fim de mandato de José Teles Pereira.

No entanto, cinco dias antes das eleições, o PSD pediu o adiamento. Depois, o parlamento corrigiu de dois para um o número de juízes a eleger para o Tribunal Constitucional, após Gonçalo Almeida Ribeiro ter recebido parecer negativo na sua candidatura ao Tribunal de Justiça da União Europeu (TJUE).

Proposto pelo atual Governo, juntamente com Carla Farinhas e Sofia Oliveira Pais, Gonçalo de Almeida Ribeiro foi um dos três candidatos a juiz do TJUE ouvido pela Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus em 03 de julho passado. Logo nessa altura, foram levantadas dúvidas em relação à compatibilidade do seu currículo para o cargo, designadamente pelo PS.

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Formalizada a candidatura de Almeida Ribeiro pelo Governo português, o comité europeu a quem cabe avaliar os candidatos ao TJUE deu-lhe parecer negativo, considerando que o ainda vice-presidente do Tribunal Constitucional não tem os “20 anos de experiência” exigidos nos requisitos de candidatura.

Segundo o jornal Expresso, o Governo português vai contra-argumentar e insistir na candidatura de Almeida Ribeiro ao TJUE.

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