Coimbra

PSD afirma que Collegiate na EDP cheira a Robles. PS sustenta que oposição prejudica a cidade

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-10-2018

O chumbo de algumas pretensões do “Collegiate AC Acomodações de luxo de estudantes” promete continuar a dar que falar nesta cidade carente de causas e de coisas.

Depois da coligação Mais Coimbra (PSD/CDS/PPM/MPT), movimento Somos Coimbra e  Coligação Democrática Unitária terem impedido que a Câmara Municipal de Coimbra aceite reduzir o número de lugares de estacionamento desta “habitação de convivência” com 349 quartos, que deseja abrir em 2019 nas antigas instalações da EDP, na Rua do Brasil, em Coimbra, PS e PSD reagem através de comunicados enviados a Notícias de Coimbra.

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Depois do PS ter dito “Lamentavelmente uma oposição irresponsável chumba investimento estrangeiro para residência de estudantes na Baixa de Coimbra, prejudicando a cidade”, o PSD responde que este “investimento imobiliário cheira a Robles”.

Veja o comunicado do PSD:

Os Vereadores do PSD votaram ontem contra o regime de excepção às regras previstas no PDM no projecto de residência estudantil privada junto ao Parque Manuel Braga, na sessão de ontem da Câmara Municipal de Coimbra, por manifestas dúvidas sobre a salvaguarda do interesse público em face de excepções totalmente casuísticas e não universais de incentivos imobiliários.

Além disso, o PSD Coimbra defende o investimento público em residências universitárias e uma política integrada de reabilitação urbana em Coimbra, nomeadamente no Centro Histórico, pelo que não acolhe a histeria colectiva do PS com a iniciativa avulsa de privados com alguma capacidade financeira.

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O PSD Coimbra tem dúvidas legítimas sobre o “investimento estrangeiro” imobiliário previsto pelo que exige mais informações detalhadas acerca deste projecto, das suas fontes de financiamento e dos seus impactos no ordenamento da cidade, não favorecendo lógicas especulativas sobre o arrendamento aos estudantes de Coimbra.

O PSD Coimbra desafia ainda o Executivo Camarário a divulgar publicamente o investimento directo estrangeiro já confirmado na fixação de novas empresas em Coimbra, com criação de postos de trabalho, em 2018.

 

Veja o comunicado do PS:

Lamentavelmente uma oposição irresponsável chumba investimento estrangeiro para residência de estudantes na Baixa de Coimbra, prejudicando a cidade

O Partido Socialista não pode deixar de lamentar que a oposição autárquica, tenham chumbado, esta tarde, na reunião do executivo municipal, um projeto para reabilitação das antigas instalações da EDP (ao fundo do Parque Manuel Braga). O projeto chumbado previa a instalação de 349 novos quartos na Baixa de Coimbra, dirigidos sobretudo a estudantes, e um investimento de cerca de 20 milhões de euros!

O PS votou favoravelmente porque reconhece a necessidade deste tipo de infraestruturas na cidade, defende a dinamização da Baixa e apoia todas as iniciativas, públicas ou privadas, que visem o desenvolvimento de Coimbra.

Por seu lado, a oposição decidiu chumbar este investimento socioeconomicamente relevante para a cidade, prendendo-se em detalhes sobre o estacionamento naquela zona. O PS considera que o argumento apresentado é incompreensível e demagógico dado que do outro lado da rua existe o Parque de Estacionamento Polis (que vai do Pavilhão de Portugal às ‘docas’) que tem a disponibilidade de perto de 500 lugares de estacionamento.

O PS recorda ainda que este investimento é dirigido sobretudo a estudantes, que se deslocam maioritariamente a pé, de bicicleta ou de transportes públicos, passando naquela zona várias linhas dos SMTUC, nomeadamente a nova Linha do Botânico que vai para a Universidade.

Tudo isto foi explicado aos vereadores durante a reunião de hoje, através da explicação técnica de técnicos municipais, tendo a oposição mantido a sua posição irredutível, prejudicando assim o desenvolvimento da Baixa e da cidade.

O Partido Socialista não só lamenta esta postura, como estranha esta bipolaridade da oposição que, quando é conveniente, defende o investimento, o apoio às iniciativas económicas, a reabilitação da Baixa e a criação de residências universitárias, e depois chumba projetos de investimento estrangeiro superiores a 20 milhões de euros nesta importante zona da cidade!

Recordamos que o vereador José Manuel Silva, do Somos Coimbra, já se tinha referido a este empreendimento da WPC 18 Coimbra como um novo caso Robles.  

“É um hotel para estudantes ricos”, salientou depois o vereador comunistas Francisco Queirós, que não quer ver em Coimbra o que está a acontecer em Lisboa e Porto.

João Pessoa Jorge, representante do investidor Temprano, afirmou que o chumbo tem “razões partidárias. Isto é politiquice baixa”. É triste que isto aconteça”, lamentou.

Manuel Machado, o líder da autarquia de Coimbra, “acha lamentável” que o perdão tenha sido chumbado por “uma razão estranha”.

 

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