O deputado socialista Rui Duarte perguntou ao Governo se existe candidatura para o projeto Metro Mondego utilizar os 15 milhões garantidos pelo secretário de Estado dos Transportes, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Numa pergunta ao Ministério da Economia, a que a agência Lusa teve hoje acesso, o parlamentar eleito pelo círculo de Coimbra questionou ainda se está “no horizonte de intenções reais do Governo afetar verbas do próximo quadro comunitário de apoio ao projeto Metro Mondego”.
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No âmbito do projeto, o Ramal da Lousã foi desativado em finais de 2009, estando concluída parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego, e que representam um investimento de cerca de 140 milhões de euros, incluídos num montante global de 447 milhões de euros.
Faltam as obras até Coimbra B e os trabalhos de colocação de plataformas na via, dos carris, bem como de toda a catenária (sistema de alimentação elétrica) – que foram suprimidos no final de 2010 – nas duas empreitadas parcialmente concluídas.
O socialista Rui Duarte recordou que o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, assegurou em 2012 que “o projeto estaria no terreno o mais breve possível”.
“A consequência automática desta promessa foi a diminuição da verba disponível para o projeto, de 52 para 15 milhões de euros, com a renovada promessa de que estes últimos seriam aplicados ainda durante a vigência do QREN e que o projeto teria de ser reprogramado para utilizar os apoios no novo quadro comunitário de apoio para 2014-2020”, referiu.
Por seu lado, o presidente da Federação do PS de Coimbra lembrou que o governante mandou constituir uma comissão para apurar a mais adequada aplicação dessas verbas (presidida pelo ex-presidente do Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação), tendo numa reunião prometido investir 15 milhões provenientes do QREN.
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Pedro Coimbra salientou que, “passado um ano e meio, não só não existe candidatura para o aproveitamento dos 15 milhões, como não há perspetivas de candidatura ao próximo quadro comunitário 2014-2020”, situação agravada pelo facto do Governo “não prestar qualquer informação aos autarcas de Coimbra, Miranda do Corvo, Lousã e, sobretudo, aos milhares de utentes, que veem a sua mobilidade condicionada por promessas vãs”.
Na pergunta dirigida ao ministro da Economia, o deputado Rui Duarte questionou ainda se o Governo considera “que as composições existentes no Metro do Porto poderão ser utilizadas pelo Metro Mondego”, uma vez que existe compatibilidade técnica, e se é sua intenção “autorizar a comercialização dos terrenos ferroviários entre Coimbra A e Coimbra B para, assim, os alocar ao projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego”.
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