Deputados
PS questiona Governo sobre exclusão do Metro Mondego dos investimentos prioritários
Um grupo de deputados do PS quer que o primeiro-ministro lhes diga como devem as populações interpretar as promessas que fez sobre o Metro Mondego (MM), perante a exclusão do projeto da lista de investimentos prioritários.
“Como deve a população dos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã reinterpretar hoje” a afirmação de Pedro Passos Coelho “agora não é possível deixar estas populações” sem “terem a possibilidade de se deslocarem pela via ferroviária”, proferida em “período pré-eleitoral, no concelho de Miranda do Corvo”, em maio de 2011, questionam os eleitos socialistas.
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Na pergunta, dirigida ao primeiro-ministro e que hoje foi entregue na Assembleia da República, os subscritores sustentam que “a exclusão do Metro Mondego do PETI [Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas] para 2014-2020” é “incompreensível” e sublinham que o Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA) identificou este “como um dos projetos mais importantes a nível ferroviário e com mais possibilidade de ver uma candidatura a fundos comunitários ser aprovada”.
Vários governantes “fizeram declarações públicas sobre a urgência de execução deste projeto, visto que as populações desta região se vêm privadas de um serviço de transporte ferroviário desde 2009”, frisam os deputados, indicando várias afirmações em defesa do empreendimento, feitas por diversos governantes, como o primeiro-ministro (“o comboio vai voltar”, maio de 2011).
“Perante esta cronologia de promessas não cumpridas, exige-se uma satisfação imediata sobre o futuro” do MM, afirmam os subscritores da pergunta, Rui Duarte, Mário Ruivo e João Portugal, eleitos pelo distrito de Coimbra.
O projeto MM, “considerado de importância regional para os concelhos de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, obteve autorização de investimento em 2009” referem os parlamentares do PS, na mesma pergunta a Passos Coelho.
Em dezembro daquele ano, “iniciou-se a interrupção do serviço regional da CP (comboios), seguiu-se a retirada da ferrovia pesada e o desmantelamento da linha centenária do Ramal da Lousã que precederam o arranque das obras de infraestrutura do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM)”.
As obras de infraestrutura entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra) “foram realizadas, apesar de parados todos os restantes concursos complementares em curso”.
“O Ramal centenário foi desmantelado, sob o pretexto de compromissos públicos do Governo” e “sob a perspetiva e projeto da modernização para transporte ferroviário”, salientam os três deputados do PS.
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