Coimbra
PS pede à oposição para debater aeroporto em Coimbra com “dignidade e seriedade”
O PS de Coimbra apelou hoje à oposição para se deixar de “circos” e debater as propostas para a cidade e região, como a criação de um aeroporto, com “dignidade, seriedade e respeito pela democracia”.
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Em comunicado, o secretariado da Concelhia do PS de Coimbra, depois de questionar a oposição à maioria socialista na Câmara Municipal se quer ou não “um aeroporto que sirva Coimbra e a sua região”, também lhe pede para que se deixe “de oposições incipientes e de dúbias dúvidas”.
O Partido Socialista em Coimbra “sempre disse ao que vem, aquilo que quer e foi assertivamente sufragado com esse programa nas eleições autárquicas [de outubro de 2017]”, assegura.
“Menos de um ano depois sentimos que tanto alvoroço e oposição rasteira e insultuosa só pode significar” que “estamos no bom caminho para a realização, não de um sonho como alguns jocosamente disseram, mas sim na realização de um grande objetivo verdadeiramente estratégico para o futuro de Coimbra e sua região”, sublinha a nota, a propósito da intenção do PS de transformar o aeródromo municipal Bissaya Barreto, em Cernache, num aeroporto internacional, anunciada na campanha eleitoral das últimas autárquicas.
Em 20 de setembro último, Manuel Queiró, responsável por um estudo, entretanto encomendado pela câmara, afastou a possibilidade de o futuro aeroporto internacional de Coimbra ficar no aeródromo de Cernache e defendeu a sua instalação fora do município e de, numa primeira fase, ser um aeródromo capaz de receber voos internacionais.
Na mesma sessão, promovida no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, o socialista Manuel Machado, admitiu deixar cair a localização de Coimbra para a nova estrutura aeroportuária, mantendo que não desiste do projeto.
“A região Centro precisa de uma acessibilidade aeroportuária, se não tiver condições não exigimos que seja no nosso quintal. Deverá ser localizado onde seja mais rentável do ponto de vista financeiro, económico e social”, afirmou Manuel Machado.
Os opositores ao PS na autarquia, “há uns meses”, queriam, designadamente, “estudos e bases técnicas, mas hoje já não [querem]”, adianta o PS, sustentando que “preferem recorrer à discussão de rua e ao insulto barato”.
A oposição não quer “nada, a não ser os seus ganhos partidários, pois todos os partidos” que a compõem, na Câmara e na Assembleia Municipal de Coimbra, “antecipam cenários, mobilizam hostes contra e a favor”, na “defesa mesquinha dos seus próprios interesses”, utilizando “o aeroporto como a arma de arremesso”, acusa a Concelhia do PS, liderada por Carlos Cidade, que também é vice-presidente do município.
“Basta de circos, preocupem-se em discutir os assuntos, os estudos, as propostas, as visões e planos estratégicos para a cidade e região, nos locais próprios com dignidade, seriedade e respeito pela democracia”, adianta o PS, apelando à cooperação de “todos em prol das soluções que sirvam melhor as necessidades” dos cidadãos e “o desenvolvimento social, económico e turístico” da cidade e da região.
O executivo municipal de Coimbra é formado por cinco eleitos do PS, três da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT, dois do movimento Somos Coimbra e um da CDU, este com pelouros atribuídos.
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