Região
PS na Assembleia Municipal de Cantanhede favorável a integração de hospitais no CHUC
Os eleitos do PS na Assembleia Municipal de Cantanhede manifestaram-se a favor da integração do hospital da cidade e do Centro de Medicina Física e Reabilitação, na Tocha, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Os socialistas da Assembleia Municipal de Cantanhede consideram que esta decisão é uma “oportunidade de criação de novas sinergias, salvaguardando a manutenção do perfil de cuidados de saúde atualmente prestados (…), os cuidados de proximidade e incremento dos mesmos, a resposta cabal à população do concelho em situações pouco urgentes e não urgentes, evitando o recurso ao serviço de urgência do CHUC ou do Hospital da Figueira da Foz”.
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De acordo com um comunicado enviado hoje pela Comissão Política Concelhia do PS de Cantanhede à agência Lusa, esta posição foi assumida pelos eleitos do partido, durante a última reunião de Assembleia Municipal de Cantanhede, na quarta-feira.
A integração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), na cidade de Cantanhede, e do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais (CMRRC), na vila da Tocha (concelho de Cantanhede), no CHUC, tem sido igualmente defendida pelo presidente da administração do centro hospitalar de Coimbra, Carlos Santos, mas também tem suscitado “preocupação”, designadamente, de autarcas, que querem ser ouvidos sobre o processo.
“A decisão da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de integrar o Hospital Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede) e o Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais no CHUC é vista como positiva por todas as entidades envolvidas”, disse, à agência Lusa, em 13 de dezembro, Carlos Santos.
Pelo contrário, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, afirmou-se desagradada por não ter sido auscultada no processo de integração dos hospitais de Cantanhede no CHUC, defendendo a abertura de uma urgência básica com horário alargado no Hospital Arcebispo João Crisóstomo, com a vantagem de descongestionar a urgência do CHUC.
A Câmara ainda não foi chamada “a pronunciar-se e desconhece em absoluto o tipo de reestruturação que está a ser desenhada relativamente ao estatuto” destes dois estabelecimentos de saúde de Cantanhede”, afirmou, em 15 de dezembro, Helena Teodósio, adiantando que iria pedir uma reunião ao diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, para discutir “esta e outras matérias”.
“A primeira preocupação deveria ser a melhoria da cobertura assistencial às populações e a prestação de cuidados de saúde com melhor qualidade dos serviços e em proximidade ao cidadão, pressupostos basilares a partir dos quais se desenvolveria então o Plano de Negócios. Iniciar uma integração na área da saúde pelo plano de negócios é, a nosso ver, o manifestar de uma visão redutora e economicista, que em nada abona o bom desenrolar do processo”, sustentou a Câmara de Cantanhede, numa reunião da CIM da Região de Coimbra, em 22 de dezembro, em que a questão foi debatida.
Então, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra emitiu um comunicado, também defendeu a auscultação dos autarcas no processo, já que, desta decisão, a partir da qual vai ser criado um plano de negócios, “resultam várias preocupações que atingem não só o município de Cantanhede, mas também todo o território da Comunidade Intermunicipal”.
O PCP de Coimbra afirmou-se, num comunicado divulgado em 18 de dezembro, contra a integração das duas unidades de Cantanhede no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), considerando que esta integração “constitui mais um grave ataque” ao SNS.
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