Coimbra
PS defende que bienal Anozero em Coimbra se mantenha em Santa Clara em 2026
O PS defendeu hoje que a Câmara de Coimbra assegure que a bienal de arte contemporânea possa manter-se em 2026 no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, criticando a indefinição quanto ao futuro espaço da Anozero.
O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, que era o epicentro da bienal Anozero, vai ser alvo de um projeto de requalificação e transformação em hotel de cinco estrelas, após um concurso público de concessão por 50 anos, decisão criticada pela organização da bienal, que disse em outubro de 2024 que continuava sem espaço definido para a edição de 2026.
Hoje, na reunião do executivo, a vereadora do PS Regina Bento defendeu que, face à “indefinição” quanto ao futuro espaço da bienal, a edição de 2026 possa ter como palco principal o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, pedindo ao município para “agilizar os acordos necessários para que tal seja possível, dado estar em causa o interesse público da cidade e do país”.
PUBLICIDADE
Para Regina Bento, “começa a estar em risco a edição de 2026 da bienal”, que está sem espaço, orçamento ou curador convidado.
“Um evento desta dimensão, com a visibilidade crescente internacional que tem tido, exige antecedência na sua preparação e não pode continuar nesta indefinição”, criticou, defendendo que o presidente da Câmara, que tem a pasta da cultura, acabe com a indefinição, “sob pena de Coimbra perder mesmo a bienal”.
A vereadora socialista recordou que a empresa prevê concluir este ano o projeto de arquitetura e que as obras possam arrancar em 2027, permitindo realizar a bienal em 2026 no mosteiro.
Em resposta, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, do Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP), disse que a bienal “não está em risco”, mas quando questionado pela vereadora sobre como será a edição em 2026, escusou-se a avançar com uma solução concreta.
“A bienal propôs-se a promover um diálogo entre arte contemporânea e património histórico. Esse diálogo irá continuar e não estará dependente de um único património histórico”, afirmou o autarca.
Em outubro, o diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), entidade coorganizadora da bienal, disse à agência Lusa que, face à ausência de espaço, tornava-se cada vez mais difícil assegurar “uma equipa curatorial coesa, empenhada e com tempo” para preparar a edição de 2026.
“A preocupação e procura de soluções existe, mas não há nenhuma perspetiva de nada em concreto”, referia, na altura, Carlos Antunes, considerando já em outubro que o processo estava “muito atrasado”.
Related Images:
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE