Política
PS de Condeixa apela à direção nacional para reverter avocação
O PS de Condeixa-a-Nova vai apelar à direção nacional do partido para reverter a decisão da Federação de Coimbra de avocar a escolha local dos candidatos autárquicos de 2025, anunciou hoje a Comissão Política Concelhia (CPC).
“A vontade da maioria dos militantes (…) de Condeixa não está a ser cumprida e isso é grave. Continuaremos a defender a autonomia da CPC, bem como os direitos dos seus filiados”, afirmou a presidente do órgão, Liliana Marques Pimentel, num comunicado enviado à agência Lusa.
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A docente universitária revelou que a Concelhia vai apresentar à direção nacional do PS recurso da decisão da Federação, liderada pelo ex-deputado João Portugal, “para que esta decisão seja revista”.
Na quarta-feira, menos de 24 horas após a Concelhia de Condeixa ter anunciado que a candidata à Câmara Municipal seria Liliana Pimentel, de 45 anos, João Portugal negou à Lusa ser esta a protagonizar a candidatura socialista, alegando que o processo foi avocado pela estrutura distrital, a quem caberá tomar a decisão final.
Hoje, a Concelhia manifestou “profunda discordância face à decisão da Federação de Coimbra de avocação do processo de designação dos candidatos a encabeçar as listas no concelho de Condeixa-a-Nova para as eleições autárquicas de 2025, retirando-o da sua legítima esfera de competência”.
Liliana Pimentel, que subscreve a nota, citou os estatutos do PS para vincar que o recurso à avocação “carece de uma resolução fundamentada”, sendo “frágeis, questionáveis e até incompreensíveis” os argumentos da Federação para tal.
“Numa breve análise à situação de outros concelhos, percebe-se que o concelho de Condeixa está a ser tratado de forma desigual, veja-se o caso de Soure”, criticou.
Neste concelho vizinho, no momento das eleições para a Concelhia, havia duas listas e a vencedora, liderada por João Gouveia, “ganhou por uma margem de apenas 22 votos”.
“Apesar da curta diferença e do risco iminente de surgir uma candidatura independente, a Federação não interferiu para promover consensos. Já em Condeixa, onde as eleições foram ganhas com uma margem muito mais expressiva, a Federação considera que houve ‘resultados que evidenciam margens mínimas’ e decidiu intervir”, lamentou Liliana Pimentel.
A avocação do processo “tem ainda consequências negativas mais latas, pois, sendo interpretada como uma desvalorização dos órgãos concelhios, abala consequentemente a confiança dos próprios filiados nas estruturas do seu partido, bem como dos seus simpatizantes”, sublinhou.
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