Governo
PS afirma que é essencial acordo à esquerda num ano dramático para os portugueses
A líder parlamentar do PS afirmou hoje que a aprovação à esquerda do Orçamento é essencial “num ano particularmente dramático”, frisando que não está em causa a sobrevivência do Governo, mas a defesa do Estado social.
Esta posição foi transmitida por Ana Catarina Mendes em entrevista à TSF, depois de defender que a futura proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021 “não recua em nenhuma das suas políticas de reforço do Estado social e dos serviços públicos” que disse estarem a ser seguidas desde 2015.
Segundo a presidente do Grupo Parlamentar do PS, a proposta orçamental do Governo “pretende valorizar o emprego e criar postos de trabalho”.
“Num ano particularmente dramático para os portugueses, não estamos a tratar da sobrevivência do Governo. Estamos a tratar da sobrevivência da vida em qualidade e da capacidade de se vencer esta crise em nome dos portugueses”, sustentou.
Ana Catarina Mendes recuou ao período da formação da atual solução política para reforçar os argumentos a favor de um novo entendimento à esquerda no Orçamento.
“Da mesma forma que aquilo que nos movia em 2015 era lutar ferozmente contra a receita da direita de empobrecimento de Portugal, espero que se perceba que não é menos difícil hoje do que em 2015. A incerteza do inimigo que temos [o novo coronavírus] gera a necessidade de nós darmos novas respostas. As respostas que temos de dar perante esta crise já não podem ser as anteriores”, advogou, antes de deixar um conjunto de questões aos parceiros parlamentares do PS na anterior legislatura.
“Estarão o PCP, o PEV e o Bloco de Esquerda contra o reforço do SNS, quer em termos financeiros, quer em meios financeiros? Estarão contra o reforço da rede de cuidados continuados? Estarão contra a perspetiva de aumento do salário mínimo nacional, sabendo de antemão que não podemos subir nos mesmos termos dos últimos anos, mas queremos continuar a aumentar?”, perguntou.
“Não quero acreditar que em nome de uma agenda partidária qualquer não se esteja ao lado dos portugueses. Vamos ainda momentos dramáticos no desemprego. Estarão os nossos parceiros à esquerda contra o aumento do subsídio de desemprego? Estarão contra o aumento de uma prestação social diferenciada?”, questionou ainda Ana Catarina Mendes.
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