Um dos organizadores de um protesto contra o governador do Rio de Janeiro na Universidade de Coimbra disse hoje que a ação foi “satisfatória” e cumpriu os objetivos.
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“Foi satisfatório que todos os presentes tivessem ouvido [as palavras de ordem] e se sentido constrangidos pela situação, em que os organizadores ficaram assustados”, disse a agência Lusa Luísa Saab, uma das organizadores do protesto, que integra o movimento Vozes pelo Mundo – Frente pela Democracia no Brasil.
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Um grupo de cerca de 20 estudantes, maioritariamente brasileiros, exibiram cartazes de protesto e gritaram palavras de ordem contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, apoiante do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, durante o seminário de verão “25 anos de diálogo jurídico: Perspetivas de um mundo sem fronteiras”, organizado pela Associação de Estudos Europeus de Coimbra na Universidade de Coimbra.
No início da sessão, os estudantes levantaram-se e gritaram palavras de ordem como “fascistas” e “golpistas não passarão”, bem como “Marielle vive” ou “Lula Livre”, ao mesmo tempo que exibiam cartazes com protestos, que ficaram registados em vídeo, perante o espanto dos restantes participantes.
Segundo Luísa Saab, a ação foi articulada internamente de terça para quarta-feira, de modos a que os estudantes marcassem presença e denunciassem “que não estava bem convidar um fascista para dentro de uma universidade pública de Portugal”.
“Como pode ser convidado um governador que entra num helicóptero para ‘metralhar’ pessoas de favela ou que participa em ato de quebrar placa em homenagem à vereadora Marielle Franco [no Rio de Janeiro, assassinada em 2018]”, questiona a estudante.
O diretor da Faculdade de Direito da Universidade, Rui Figueredo Marcos, confirmou à agência Lusa o incidente, embora com “pouco” conhecimento do caso, mas desvalorizou a situação, atribuindo-a à irreverência da comunidade brasileira.
Veja o vídeo:
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