Governo
Prolongamento do estado de emergência “vai ao encontro das medidas cautelosas”
O secretário de Estado da Saúde disse hoje que a decisão do Presidente da República de prolongar o estado de emergência até 02 de maio “vai ao encontro das diferentes medidas cautelosas” que têm sido tomadas devido à covid-19.
António Lacerda Sales, que falava na conferência de imprensa diária de atualização sobre a pandemia da covid-19 em Portugal, salientou que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa vai ao encontro do “discurso cauteloso” das autoridades de saúde, nomeadamente do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde (DGS), apontando que têm sido tomadas medidas “de acordo com a própria proporcionalidade do próprio surto”.
“O decreto do senhor Presidente da República vai ao encontro do nosso discurso cauteloso. O regresso à atividade mais normal não é incompatível com a manutenção da contenção social e das medidas que temos tomado ao longo deste tempo. Isto é um surto global, um surto com grande dinamismo. Pensamos que sim, que o decreto vai ao encontro das diferentes medidas cautelosas que temos vindo a tomar e que vamos com certeza continuar a tomar”, disse o governante.
O Presidente da República propôs hoje ao parlamento a segunda prorrogação do estado de emergência em Portugal, por novo período de 15 de quinze dias, até 02 de maio, para permitir medidas de contenção da covid-19.
O chefe de Estado anunciou o envio desta proposta para o parlamento numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, após ter recebido parecer favorável do Governo.
Também a propósito do prolongamento do estado de emergência, Graça Freitas frisou a ideia de que o país terá de “equilibrar durante ainda algum tempo o retorno à atividade normal com “um mundo com covid-19, com alguma contenção”.
“Não podemos recuar a 30 de dezembro de 2019. Vamos ter de compatibilizar uma nova forma de estar na vida que é voltarmos às nossas atividades gradualmente, mas continuar a observar medidas de controlo de infeção. Este equilíbrio não é incompatível. Temos de aprender nós e o mundo inteiro”, disse Graça Freitas.
Questionada ainda sobre o modelo de comemorações do 25 de Abril deste ano e sobre se será autorizada uma cerimónia os moldes habituais a outros anos, a qual levava à Assembleia da República mais de uma centena de pessoas, Graça Freitas escusou-se a comentar, mas recordou recomendações.
“Concretamente quanto às cerimónias que me perguntou, não me vou pronunciar, mas está em vigor a regra geral do distanciamento social e portanto creio que serão observadas de facto as recomendações do distanciamento social”, referiu.
Já o secretário de Estado da Saúde remeteu para o Ministério da Administração Interna qualquer dado sobre fluxos de pessoas que possam não estar a cumprir as regras de confinamento, tendo sublinhado “confiança” nas autoridades.
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