Região

Projeto na região Centro quer agregar dados geoespaciais e potenciar o seu uso

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 13-02-2025

O Centro de Competências para a Informação Geoespacial da Região Centro (CeGeo) vai estar completamente operacional este ano e espera agregar dados geoespaciais e dar-lhes aplicações, seja no apoio aos decisores públicos seja em ideias de negócio.

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O CeGeo, que está a ser implementado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), arrancou em 2022, com um financiamento de 2,2 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas só este ano vai estar completamente operacional, tendo lançado recentemente um concurso para a criação de um centro de dados, por 400 mil euros, que ficará instalado em Penela, afirmou à agência Lusa o secretário-executivo da CIMRC, Jorge Brito.

Segundo o responsável, durante o ano, o CeGeo arranca na sua plenitude, com centro de dados, equipa técnica de informação geográfica, modelo de financiamento, plano de sustentabilidade e a instalação de dois polos em Penela e Pampilhosa da Serra, onde será assegurada a incubação de empresas que queiram desenvolver ideias de negócio em torno do uso de informação geoespacial.

“Nós queremos uniformizar e compaginar toda a informação [geoespacial] que é produzida por várias instituições que estão na esfera direta ou indireta do Estado”, disse Jorge Brito, que espera que o centro consiga desenvolver uma plataforma que agregue e trate todos os dados que neste momento estão dispersos e em diferentes formatos.

Futuramente, os dados poderão ser usados em setores tão distintos como as florestas, agricultura, mobilidade, saúde, ordenamento urbano ou gestão de riscos.

No setor público, Jorge Brito acredita que a agregação destes dados permitirá contribuir para o apoio à decisão, seja na projeção de risco de incêndios ou de cheias, no planeamento florestal e urbano ou para políticas na área da mobilidade, permitindo simular “uma determinada implantação de uma determinada infraestrutura”.

Já no setor privado, espera-se que o CeGeo contribua para a incubação de empresas que trabalham com dados e informação geoespacial, esperando criar um ‘cluster’ na região de Coimbra, onde a CIMRC conta com o apoio do Instituto Pedro Nunes (IPN), que gere a Incubadora da Agência Espacial Europeia (ESA).

“Queremos atrair empresas que trabalhem nesta área, dizendo-lhes que aqui vão ter acesso a informação e a certos conhecimentos que não têm noutros territórios”, salientou, acreditando que será possível dinamizar um ecossistema empresarial neste setor.

Jorge Brito explicou que a demora no arranque operacional do CeGeo deve-se à dificuldade inerente de criar um centro que não existia no país, assim como à necessidade de elaboração de protocolos com diferentes entidades, além de atrasos face a “algumas não decisões” da anterior tutela.

“Acima de tudo, foi preparada toda a arquitetura para agora arrancarmos com todo o processo, nomeadamente ligações a instituições públicas que produzem informações geográficas”, como o Instituto Geográfico do Exército, a Direção-Geral do Território, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) ou a Infraestruturas de Portugal, entre outros, aclarou.

Durante este ano, a CIMRC irá também avançar com um estudo de sustentabilidade financeira do CeGeo, assim como um estudo que permita quantificar o valor de dados geoespaciais que estarão agregados no centro de competências, disse.

Questionado pela agência Lusa sobre se o objetivo será vender os dados, Jorge Brito afirmou que não terá de ser necessariamente esse o caminho, mas que importa “saber quanto é que valem”.

Sobre a quantidade de empresas e postos de trabalho que poderão ser criados a partir da incubação, o secretário executivo da CIMRC referiu que não há um número definido.

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