Escolas
Professores contratados vão decidir novas ações contra prova de acesso
Os professores contratados reúnem-se esta semana em Lisboa, Coimbra e Braga, para decidir novas formas de luta contra a prova de acesso à profissão que o Ministério da Educação decidiu aplicar para testar os seus conhecimentos e competências.
As manifestações de sábado reuniram 400 professores em Lisboa, 300 em Braga e 100 em Coimbra, segundo informação divulgada hoje pela organização da iniciativa, em que os docentes queimaram cópias dos diplomas de licenciatura e de notas de 20 euros, o valor que terão de pagar para fazer a prova.
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Nas reuniões agora agendadas, os professores vão decidir novos protestos, estando em aberto a possibilidade de boicote à prova e de formação de um cordão humano em torno do local da sua realização, disse à agência Lusa André Pestana, um dos professores envolvidos na organização.
“Temos de continuar mobilizados”, defendeu, acrescentando que, independentemente destas ações, os contratados vão continuar a participar nas iniciativas que os sindicatos venham a promover.
Para decidir novas ações, estão marcadas reuniões para terça-feira, em Braga (em frente ao centro comercial na Avenida Central), quarta-feira em Lisboa (à porta da Faculdade de Letras, Cidade Universitária) e sábado em Coimbra (no Teatro Gil Vicente, Praça da República).
O Ministério da Educação afirma que a prova de acesso à carreira docente é “uma componente importante no processo de melhoria do ensino, em especial da escola pública, com alcance de longo prazo”, mas para os professores trata-se de “uma humilhação” e de uma forma de os afastar do sistema.
Alguns consideram ainda ser uma forma de obter receitas, já que cada professor terá de pagar 20 euros para fazer a designada Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC).
A Federação Nacional de Educação (FNE) decidiu no sábado realizar uma greve a 18 de dezembro, dia da realização da prova.
A Federação Nacional dos Professores marcou igualmente para 18 de dezembro uma greve a “todo o serviço relacionado com a prova” e está a desenvolver ações, em tribunal, contra a PACC.
A prova de acesso à carreira docente foi estabelecida no tempo da governação socialista de José Sócrates, mas nunca chegou ser adotada, devido à forte oposição dos sindicatos.
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