Educação
Professores acham que é uma fria acampar na Universidade
O acampamento contra a prova de avaliação dos professores contratados, agendado para o largo D. Dinis, na alta universitária de Coimbra, limitou-se a juntar duas tendas no início da iniciativa de protesto, constatou a Lusa no local.
Ao início do protesto, cerca das 20:15 de hoje, a adesão cingia-se a pouco mais de uma dezena de pessoas, reunidas em redor de um mesa, um fogareiro e castanhas assadas, embora a organização, a cargo do movimento “Professores contra a Prova, pela Escola Pública” garanta que mais elementos são esperados hoje no local, para ali passarem a noite.
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“Para já ainda estamos a aquecer. Mas, acima de tudo, queremos é marcar uma posição, queremos demonstrar que o acampamento também é uma forma precária, que traduz a nossa situação nos últimos anos, com a casa às costas, sempre de um lado para o outro”, disse à agência Lusa André Pestana, um dos promotores da iniciativa.
Justificou a escolha do local por a Universidade de Coimbra ser aquela “com mais simbolismo no país”.
“Queremos aqui dizer claramente que não tirámos o curso num domingo, não tirámos o curso por equivalências, tirámos cursos específicos para a docência, e obrigar professores, com dez anos de carreira, muitos deles no desemprego, ainda por cima a pagarem 20 euros para fazerem uma prova de avaliação, é uma humilhação total”, alegou.
Segundo André Pestana, os governantes, “que têm mentido à descarada, roubado a escola pública à descarada, dando milhões aos privados, é que deviam fazer provas”.
Manifestou-se ainda “surpreendido” com o “silêncio” dos reitores das universidades e responsáveis de institutos politécnicos sobre a prova de avaliação exigida pelo Governo.
“Têm cursos para a docência que esta prova questiona totalmente. Das duas uma, ou os cursos preparam bem as pessoas ou então isso não vale de nada e os senhores reitores deviam pronunciar-se”, defendeu.
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