A procura pelo Serviço Integrado de Mobilidade da CP-Comboios de Portugal tem aumentado, ainda que as pessoas em cadeiras de rodas tenham de fazer uma marcação com um mínimo de seis horas de antecedência.
Nos dados disponibilizados à Lusa, a empresa ferroviária contabiliza 4.657 pedidos pelo Serviço Integrado de Mobilidade em 2024, um aumento de 27% em relação ao ano anterior.
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Este serviço destina-se a “Clientes com Necessidades Específicas”, nomeadamente pessoas “com limitações, permanentes ou temporárias, como motoras, sensoriais ou intelectuais, ou também pessoas de idade avançada ou fisicamente condicionadas, que viajam com crianças de colo ou em carrinho de bebé, e pessoas grávidas”, e é prestado em todos os comboios e em todas as estações.
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Já para os clientes que utilizam cadeiras de rodas ou ‘scooters’ de mobilidade, o acesso está condicionado às estações e comboios adaptados para o efeito e “é obrigatória a marcação prévia”, com um mínimo de seis horas de antecedência e até às 20:00 do dia anterior ao pretendido para os comboios com hora de partida entre as 22:00 e as 11:59.
Segundo os dados fornecidos, em 2024 o número de estações acessíveis aumentou de 139 para 216.
“A CP continua a trabalhar para reduzir e eliminar, no futuro, esta necessidade de marcação”, assegura a empresa, acrescentando que tem procurado “garantir que os clientes com necessidades específicas tenham viagens cada vez mais livres de barreiras”.
Com esse objetivo, foi concluída, no ano passado, a montagem de plataformas elevatórias na frota das unidades regionais elétricas da série UTE 2240, composta por um total de 55 comboios, “uma modificação que oferece acesso universal aos passageiros do serviço regional das linhas onde circulam”, menciona, referindo que estas unidades têm “WC de acesso universal, espaços adequados para manobra de cadeiras de rodas e sistemas de informação visual e sonora aos passageiros”.
Simultaneamente, foram adquiridas rampas portáteis para os comboios da Linha de Cascais, “ampliando o número de estações com acessibilidade”, acrescentou a empresa.
Os serviços urbanos de Lisboa e do Porto são acessíveis a viajantes em cadeira de rodas, sendo o embarque feito através de uma rampa que suporta um peso até 300 quilos.
Também as ligações Coimbra-Figueira da Foz, Coimbra-Aveiro-Porto, Entroncamento-Coimbra, Lisboa-Covilhã-Guarda e Lisboa-Tomar disponibilizam WC adaptado e permitem viagens com cadeira de rodas através de um elevador que suporta até 350 quilos.
Já nos serviços Alfa Pendular e Intercidades são poucos os lugares disponíveis para pessoas com mobilidade reduzida.
O Alfa Pendular dispõe de dois lugares por cada comboio para clientes em cadeira de rodas, através de um elevador que suporta um peso máximo de 300 quilos, e tem WC adaptado.
O Intercidades só permite transportar clientes em cadeira de rodas manual e desde que esta se possa fechar, recorrendo aos elevadores portáteis das estações para o acesso.
“Por questões de limitação de medidas de acesso aos lugares, será necessária, depois do embarque, a transferência para a cadeira de rodas do comboio e posteriormente para o lugar. A cadeira de rodas do cliente ficará guardada fechada durante a viagem”, explica a CP, realçando que está “a ser projetada uma modernização” das carruagens do Intercidades “que prevê a instalação de elevadores de acesso para cadeira de rodas e WC adaptados para pessoas com mobilidade reduzida”.
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