Crimes
Prisão preventiva para dez dos 15 detidos do Bairro do Aleixo que vendiam droga a Coimbra
Um juiz de instrução criminal decretou hoje a prisão preventiva para dez dos 15 alegados traficantes de droga que a PSP deteve numa megaoperação realizada quarta-feira no Grande Porto.
Os arguidos que ficam em prisão preventiva são oito homens e duas mulheres disse uma fonte da PSP, que não adiantou as medidas de coação para os cinco restantes arguidos.
A Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto deteve as 15 pessoas durante a madrugada de quarta-feira e apreendeu 80 mil euros e mais de 39 mil doses de estupefacientes.
Entre outras drogas apreendidas conta-se 3,2 quilos de heroína, 1,3 quilos de cocaína e 210 gramas de haxixe.
Além disso, a PSP confiscou balanças, telemóveis, 100 mil euros, armas, soqueiras e carros de alta cilindrada.
Esta operação implicou a realização de 43 buscas domiciliárias, maioritariamente no Bairro do Aleixo, mas também nos bairros da Pasteleira e Pinheiro Torres, todos no Porto, e ainda em Vila Nova de Gaia, em Freamunde, concelho de Paços de Ferreira, e no Estabelecimento Prisional de Custoias, em Matosinhos.
Os detidos são dez homens e cinco mulheres, com idades entre os 33 e 44 anos, alguns tendo antecedentes criminais pela prática dos mesmo crimes.
Segundo o comissário Afonso Sousa, da Divisão de Investigação Criminal da PSP/Porto, os suspeitos funcionavam em “rede e de forma hierarquizada” e vendiam a droga no Norte e Centro do país.
“O grupo é oriundo e tem raízes no Bairro do Aleixo [Porto], é bastante hierarquizado e tem funções devidamente delimitadas. Vendia a droga quer no próprio bairro quer em todo Norte e Centro do país, nomeadamente em Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria”, disse o graduado da polícia, em conferência de imprensa.
Outra das características desta rede assenta no facto de os “principais intervenientes” terem relações familiares, contou.
Falando numa operação policial de “grande envergadura”, cuja investigação se iniciou há dois anos, o comissário referiu que envolveu 300 polícias das valências de investigação criminal, grupo de operações especiais, grupo operacional cinotécnico, corpo de intervenção e equipas de intervenção rápida, além do apoio de militares da GNR.
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